Tem crescido o número de pequenos e microempresários de Belo Horizonte que aderiram ao e-commerce. Pesquisa da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas) referente ao segundo trimestre do ano, mostrou que, apesar de o número desses estabelecimentos que trabalham com vendas on-line ainda seja pequeno - 24,1% -, hoje, mais da metade dos empresários (57%) e consumidores (51,9%) da Capital confiam e consideram seguro vender e comprar pela internet.
Dos estabelecimentos consultados, 72,5% são microempresas. "Embora o número pareça ainda muito pequeno, temos que avaliar o perfil das empresas, no caso estamos falando de micro e pequenas. Elas têm receitas menores que os médios e grandes, onde as vendas on-line já estão consolidadas. Por isso, acredito que esse mercado é promissor e tem muito a crescer", afirmou a supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio Minas, Luana Oliveira.
Segundo ela, entre as dificuldades dos microempreendedores em começar um e-commerce, está a falta de informação, principalmente em relação aos custos do negócio. "Muitos acham que têm que fechar a loja física para vender pela internet. Outros, pensam que é muito caro o investimento", explicou.
Conforme a pesquisa, das empresas que trabalham com vendas pela internet, 28,5% comercializam roupas, 10,2% oferecem sapatos e 9,4% vendem itens de cosméticos e perfumaria (9,4%). Já entre os consumidores, 51,9% acham seguro comprar pela rede mundial de computadores, sendo que 49,7% utilizam esse recurso. Os produtos mais demandados são os eletrônicos (23,1%), calçados (19,2%) e roupas (18%). Além disso, a pesquisa também constatou que mais da metade dos usários desse serviço é mulher: 52,5%.
Crise - Por outro lado, a pesquisa também mostrou que em função da crise, no segundo trimestre, o número de empresas que vendem pela internet não cresceu, registrando pequena retração de 0,3 ponto percentual (de 24,3% para 24,1%), em relação aos três primeiros meses deste ano. Para Luana, a redução é decorrente da atual conjuntura econômica de cautela, mas a tendência é que o mercado on-line continue de expansão.
Na avaliação da entidade, a redução do percentual de uso do serviço entre o primeiro e o segundo trimestre reflete a queda do poder aquisitivo das famílias, uma vez que os produtos, em sua maioria, não são considerados de primeira necessidade para os consumidores.
"Sem dúvida, o mercado de e-commerce tem muito a crescer e contribuir para o comércio varejista. O consumidor tende a comprar cada vez mais pela internet, devido à comodidade e praticidade do serviço. O empresário não necessariamente precisa vender pela rede, mas, atualmente, para sobressair e concorrer no mercado, precisa garantir boa presença on-line, por meio de um bom site e ampla atuação nas redes sociais", completou.
Veículo: Diário do Comércio - MG