Queijo Minas Artesanal, cabacinha, nozinho, muçarela e defumado. Essas são algumas das variedades de queijos produzidas em uma agroindústria familiar do município de Itumirim, no Sul de Minas. Com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), os produtores investiram na regulamentação junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e se transformaram em referência de qualidade.
A família de Leidjane Aparecida Pereira se dedica à fabricação de queijo há mais de 20 anos. Em determinado momento desanimou-se com a produção e esteve para abandonar a atividade. Foi quando, por intermédio da Emater-MG, conheceu um programa de capacitação que visava melhorar a cadeia produtiva do leite e derivados produzidos por agricultores familiares.
A legalização de uma agroindústria é um processo que envolve diversas etapas, como produção da matéria-prima, estrutura física da unidade de produção, do processamento à gestão e comercialização de seus produtos. Com apoio da Emater-MG foi elaborado o projeto para construção e inspeção da queijaria de Leidjane, junto ao IMA. Foram investidos aproximadamente R$ 50 mil, obtidos com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
"Fizemos todo processo para legalização da propriedade. Houve um projeto de construção da queijaria e para adequação do ambiente. Foram feitas as análises da água e do queijo para garantir a qualidade e o rebanho também é certificado através de exames para atestar a saúde dos animais. Após todo processo a queijaria recebeu o selo do IMA para comercialização dos produtos", destaca o extensionista da Emater-MG Márcio Edgard.
Produção - Atualmente a produção leiteira da propriedade é de aproximadamente 280 litros por dia. Ela é toda voltada para a agroindústria, onde são fabricados diariamente cerca de 25 quilos de queijo. A maior parte é vendida na região, principalmente em Lavras, e também para distribuidores.
A queijaria da família de Leidjane é a única do município de Itumirim legalizada pelo IMA. Segundo Márcio Edgard, o local acabou se transformando em propriedade modelo e atrai diversos interessados em legalizar a produção. "Vários produtores vão até a propriedade para conhecer de perto e entender como funciona o processo de legalização e construção da queijaria", enfatiza.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG