Somente a comida é responsável por mais de 60% do índice.
Alimentação e despesas pessoais puxaram o a inflação na Região Metropolitana do Recife, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Responsáveis por aproximadamente 63% da composição geral da taxa, os gastos com comida cresceram 1,13% – devido em boa parte ao encarecimento de itens como arroz (alta de 2,99%), feijão (3,05%) e a categoria de tubérculos, raízes e legumes (12,72%). Já as despesas pessoais aumentaram 1,37%, com alta dos preços de serviços básicos, como recreação (1,09%), manicure (2,88%), costureira (1,46%) e cabeleireiro (2,88%).
No acumulado do ano, a inflação da RMR apresenta alta de 9,19%, bem acima do número verificado no mesmo período de 2014 (6%), enquanto nos últimos 12 meses, o IPCA apresenta aumento de 9,5%. A aceleração mensal dos preços, entretanto, é menor do que a média nacional, registrando 0,72% em novembro, resultado inferior ao verificado em outubro deste ano (0,82%), mas superior também ao mesmo mês em 2014 (0,46%).
De acordo com o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos, esse desvio do Recife em relação ao Brasil foi pontual. “De uma forma geral, a região acompanha a tendência nacional. Mas em novembro houve uma desaceleração na inflação da habitação e do transporte na RMR, o que causou tanto a redução em relação ao aumento de outubro quanto a diferença entre os grupos que puxaram a inflação”, explica.
No bolso do recifense, os itens com maior alta em novembro foram tomate (39,63%), batata inglesa (10,75%), açúcar cristal (10,39%), inhame (8,52%), salsicha em conserva (8,28%) e carne de porco (6,85%). Por outro lado, banana-prata (-10,19%), cebola (-8,09%), peixe-pescada (-6,35%), passagem aérea (-5,19%), gás de botijão (-5,11%) e combustíveis (-5,11%) apresentaram as maiores quedas. Para este último, a queda aconteceu só em novembro, já que no acumulado do ano, o preço do litro da gasolina ficou 24,35% mais caro no Recife, 3,21% motivados pelo reajuste de 6% vigente no âmbito das refinarias desde 30 de setembro.
Nos últimos 12 meses, as maiores altas foram do inhame (52,19%), manga (43,39%), alho (46,18%), feijão-carioca (34,68%), feijão-mulatinho (34,53%) e cebola (33,58%). As maiores quedas ficaram nos grupos hotel (-18,14%), farinha de mandioca (-15,94%), passagem aérea (-14,71%), cimento (-10,53%) e bolo (-10,04%).
Veículo: Jornal do Commercio - PE