Pela primeira vez desde julho do ano passado, a parcela de empresários com reservas mais adequadas superou a marca dos 50%, revelou a Fecomercio
São Paulo - Após meses brigando para conseguir adequar seus estoques, pelo menos metade dos varejistas da Grande São Paulo parece ter vencido este desafio, segundo o Índice da Fecomercio de São Paulo.
Apurado a partir de informações fornecidas por aproximadamente 600 empresários do setor, o indicador, após sequência de quatro meses de alta, voltou a ultrapassar o nível médio dos 100 pontos, saindo de 99,3 para 101,6 pontos na passagem de julho para agosto.
A escala vai de zero (inadequação total dos estoques) a 200 pontos (adequação total). A evolução foi de 6,2 pontos em relação a agosto de 2015, quando o indicador de adequação dos estoques marcou 95,4 pontos.
Pela primeira vez desde julho do ano passado, a parcela de empresários com estoques tidos como adequados superou os 50%. Chegou a 50,5% em agosto, numa alta mensal de 0,8 ponto percentual. Um ano antes, a participação de empresas com estoques adequados era de 47,6% - inferior, portanto, em 2,9 pontos percentuais. Na avaliação da assessoria econômica da FecomercioSP, os números reforçam a expectativa de retomada da atividade econômica no varejo em médio e longo prazo.
De acordo com o levantamento, 35,5% dos empresários consultados relatam ter estoques acima do adequado, menos do que os 36,8% de julho. A proporção de comerciantes com estoque baixo caiu de 13 6% para 13,4%.
Se comparado ao mesmo período de 2015, houve queda de 1,8 ponto percentual no total de varejistas com estoques acima do ideal, enquanto a parcela de empresários com estoques abaixo do normal recuou 1,4 ponto percentual.
Segundo a entidade que representa os comerciantes paulistas, o indicador de agosto aponta uma redução modesta dos estoques num momento "crucial" para o varejo, já que o setor começa agora a planejar as vendas de Natal.
"As expectativas para 2016 eram de fato negativas, mas vêm melhorando há quatro meses, fortalecendo o caminho para uma recuperação em 2017", comenta a FecomercioSP, em nota. A entidade acredita que o Natal pode ser um "marco simbólico" dessa retomada, com resultado positivo em relação ao evento do ano anterior, o que não ocorre desde 2013.
Fonte: DCI