As cotações perdiam, por volta de 8h40 (horário de Brasília), entre 3 e 6,50 pontos, levando o novembro/16 a ser negociado a US$ 9,44 por bushel, com o mercado ainda pressionado pelas perspectivas de uma grande safra se concluindo nos Estados Unidos
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registram mais um dia de movimentação negativa nesta quarta-feira (31). As cotações perdiam, por volta de 8h40 (horário de Brasília), entre 3 e 6,50 pontos, levando o novembro/16 a ser negociado a US$ 9,44 por bushel, com o mercado ainda pressionado pelas perspectivas de uma grande safra se concluindo nos Estados Unidos.
"Aqueles que pesquisaram no campo produtividade, clima (nos EUA), concluíram que a soja tem rendimento 2,3% maior em relação ao ano passado, pulando para 49 bushels por acre", explica Mário Mariano, analista de mercado da Novo Rumo Corretora. Assim, as cotações do fechamento do pregão anterior foram os mais baixos dos últimos 20 dias.
Na última segunda-feira (29), o reporte de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe um aumento do índice das lavouras de soja em boas ou excelentes condições para 73% e, assim, as expectativas para o novo reporte do USDA do mês de setembro poderia trazer a confirmação desse potencial e já começam a causar especulações sobre o caminho dos preços.
O que limita essas baixas ainda são as informações da demanda, que ainda são importantes. As vendas registradas somente durante esta semana já somam 519 mil toneladas, como explica Mariano. No entanto, o analista afirma ainda que essas compras só não acontecem de forma mais rápida em função de uma alta do dólar, a qual eleva os preços e acaba tirando parte do interesse dos compradores de forma pontual, aguardando preços que pudesser ser ligeiramente mais atrativos.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja: De olho na safra dos EUA e na alta do dólar, preços fecham em queda pelo 6º dia seguido na CBOT
Pelo 6º dia seguido, as principais posições da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. Ao longo do pregão desta terça-feira (30), os contratos da commodity ampliaram as perdas e exibiram quedas entre 13,25 e 17,75 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 9,65 por bushel, enquanto o novembro/16 era negociado a US$ 9,50 por bushel. Já o março/17 finalizou a sessão a US$ 9,55 por bushel.
O mercado ainda continua sendo pressionado pelo bom encaminhamento da safra 2016/17 nos Estados Unidos até o momento. “Essa é a realidade dos campos americanos. Em meio a esse quadro, a perspectiva é que o vencimento novembro/16 permaneça próximo de US$ 9,50 por bushel no curto prazo ou pelo menos até o início da colheita, que deve ocorrer nos próximos 15 a 20 dias”, disse Mário Mariano, consultor de mercado da Novo Rumo Corretora.
"A pressão vem de boas classificações condição de cultura do USDA, a grande oferta de grãos de alimentação mundial, um dólar mais forte, e o comércio está precificando uma oferta recorde", disse Jason Roose, US Commodities, em entrevista ao site Agriculture.com.
No final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) elevou em 1% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Com isso, 73% das plantações da oleaginosa apresentam boas condições. Cerca de 20% das lavouras apresentam condições regulares e 7% permanecem com condições ruins ou muito ruins.
"Apesar do anúncio da segunda venda diária de exportação essa semana, o foco permanece sobre a safra de soja que será colhida em poucas semanas", acrescenta Bob Burgdorfer, do portal Farm Futures.
Ainda hoje, o departamento anunciou a venda de 126 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17. Essa é a segunda operação reportada essa semana, já que, nesta segunda-feira, o departamento divulgou a venda de 393 mil toneladas do grão também para destinos não revelados.
“Somadas, já temos 519 mil toneladas de soja negociadas essa semana. A demanda continua presente no mercado, mas temos o aumento da taxa cambial, o que acaba encarecendo o produto norte-americano para os importadores. Além desse cenário de safra, câmbio, temos os chineses que diminuíram um pouco as importações diante da perspectiva de safra maior nos EUA”, explica o consultor da Novo Rumo Corretora.
Mercado brasileiro
Diante da forte queda registrada na Bolsa de Chicago, os preços da soja praticados no mercado brasileiro registraram ligeiras movimentações nesta terça-feira. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as cotações caíram 1,47% nas praças de Ubiratã e Londrina, ambas no Paraná. A saca da soja encerrou o dia a R$ 67,00. Em Não-me-toque (RS), o recuo foi de 0,72%, com a saca a R$ 68,50. Já em Panambi (RS), a queda ficou em 0,68% e a saca a R$ 70,02. No Oeste da Bahia, a cotação também caiu, 0,51% e encerrou o dia a R$ 64,67 a saca.
Nos portos brasileiros, as cotações da soja também cederam nesta terça-feira. Em Paranaguá, o valor disponível caiu 1,23%, com a saca da oleaginosa a R$ 80,00. Já o preço futuro ficou em R$ 77,00 a saca e queda de 1,28%. No terminal de Rio Grande, o disponível fechou o dia a R$ 78,50 a saca, e queda de 1,26%, o valor futuro ficou em R$ 77,50 a saca e desvalorização de 0,77%.
Ainda na visão do consultor da Novo Rumo Corretora, a alta do dólar, para os produtores brasileiros acaba sendo um fator positivo. “Entretanto, os atuais patamares praticados para a safra futura não atende a necessidade dos produtores brasileiros que ainda estão com os custos de produção em aberto. No médio norte, tínhamos valores entre R$ 73,00 a R$ 75,00 a saca da soja para entrega março e agora o valor está próximo de R$ 60,00 a saca”, completa.
No caso da soja disponível, Mariano reforça que o cenário é semelhante, uma vez que, as cotações também cederam. “Acreditamos que o produtor que conseguir segurar esse produto pode ter melhores oportunidades entre os meses de outubro e novembro”, diz.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2402 na venda, com alta de 0,24%. Novamente, a sessão foi marcada pelo baixo volume de negócios, já que os investidores aguardam o desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Por outro lado, os investidores ainda esperam por novas informações a respeito da possibilidade de aumento na taxa de juros nos EUA, conforme reportou a agência de notícias Reuters.
Pelo 6º dia seguido, as principais posições da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram. Ao longo do pregão desta terça-feira (30), os contratos da commodity ampliaram as perdas e exibiram quedas entre 13,25 e 17,75 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 9,65 por bushel, enquanto o novembro/16 era negociado a US$ 9,50 por bushel. Já o março/17 finalizou a sessão a US$ 9,55 por bushel.
O mercado ainda continua sendo pressionado pelo bom encaminhamento da safra 2016/17 nos Estados Unidos até o momento. “Essa é a realidade dos campos americanos. Em meio a esse quadro, a perspectiva é que o vencimento novembro/16 permaneça próximo de US$ 9,50 por bushel no curto prazo ou pelo menos até o início da colheita, que deve ocorrer nos próximos 15 a 20 dias”, disse Mário Mariano, consultor de mercado da Novo Rumo Corretora.
"A pressão vem de boas classificações condição de cultura do USDA, a grande oferta de grãos de alimentação mundial, um dólar mais forte, e o comércio está precificando uma oferta recorde", disse Jason Roose, US Commodities, em entrevista ao site Agriculture.com.
No final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) elevou em 1% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Com isso, 73% das plantações da oleaginosa apresentam boas condições. Cerca de 20% das lavouras apresentam condições regulares e 7% permanecem com condições ruins ou muito ruins.
"Apesar do anúncio da segunda venda diária de exportação essa semana, o foco permanece sobre a safra de soja que será colhida em poucas semanas", acrescenta Bob Burgdorfer, do portal Farm Futures.
Ainda hoje, o departamento anunciou a venda de 126 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17. Essa é a segunda operação reportada essa semana, já que, nesta segunda-feira, o departamento divulgou a venda de 393 mil toneladas do grão também para destinos não revelados.
“Somadas, já temos 519 mil toneladas de soja negociadas essa semana. A demanda continua presente no mercado, mas temos o aumento da taxa cambial, o que acaba encarecendo o produto norte-americano para os importadores. Além desse cenário de safra, câmbio, temos os chineses que diminuíram um pouco as importações diante da perspectiva de safra maior nos EUA”, explica o consultor da Novo Rumo Corretora.
Mercado brasileiro
Diante da forte queda registrada na Bolsa de Chicago, os preços da soja praticados no mercado brasileiro registraram ligeiras movimentações nesta terça-feira. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as cotações caíram 1,47% nas praças de Ubiratã e Londrina, ambas no Paraná. A saca da soja encerrou o dia a R$ 67,00. Em Não-me-toque (RS), o recuo foi de 0,72%, com a saca a R$ 68,50. Já em Panambi (RS), a queda ficou em 0,68% e a saca a R$ 70,02. No Oeste da Bahia, a cotação também caiu, 0,51% e encerrou o dia a R$ 64,67 a saca.
Nos portos brasileiros, as cotações da soja também cederam nesta terça-feira. Em Paranaguá, o valor disponível caiu 1,23%, com a saca da oleaginosa a R$ 80,00. Já o preço futuro ficou em R$ 77,00 a saca e queda de 1,28%. No terminal de Rio Grande, o disponível fechou o dia a R$ 78,50 a saca, e queda de 1,26%, o valor futuro ficou em R$ 77,50 a saca e desvalorização de 0,77%.
Ainda na visão do consultor da Novo Rumo Corretora, a alta do dólar, para os produtores brasileiros acaba sendo um fator positivo. “Entretanto, os atuais patamares praticados para a safra futura não atende a necessidade dos produtores brasileiros que ainda estão com os custos de produção em aberto. No médio norte, tínhamos valores entre R$ 73,00 a R$ 75,00 a saca da soja para entrega março e agora o valor está próximo de R$ 60,00 a saca”, completa.
No caso da soja disponível, Mariano reforça que o cenário é semelhante, uma vez que, as cotações também cederam. “Acreditamos que o produtor que conseguir segurar esse produto pode ter melhores oportunidades entre os meses de outubro e novembro”, diz.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,2402 na venda, com alta de 0,24%. Novamente, a sessão foi marcada pelo baixo volume de negócios, já que os investidores aguardam o desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Por outro lado, os investidores ainda esperam por novas informações a respeito da possibilidade de aumento na taxa de juros nos EUA, conforme reportou a agência de notícias Reuters.
Fonte: Portal do Agronegócio