Vender ou comprar pela internet pode ter sido uma prática para poucos, e um comércio muito mais restrito do que o varejo convencional, mas esse tempo está cada vez mais com os dias contados. Afinal, acumulando crescimento ano a ano - muito graças às novas tecnologias, cada vez mais acessíveis à população - a tendência é de que, não tão longe, esse mercado tenha o mesmo poder de influência que o comércio físico.
Isso é que apontam pesquisas recentes, a exemplo do Relatório e Perspectivas de E-commerce 2017 do Observatório E-Commerce EY, que, concluiu no final do levantamento a perspectiva do aumento de vendas de quase 90% das lojas online pesquisadas.
Segundo a pesquisa e-Bit/Buscapé, as vendas online passaram de R$ 18,6 bilhões em 2015 para R$ 19,6 bilhões. Neste recorte, o Nordeste representa o terceiro maior usuário desse tipo de mercado, representando 12,5% de todas as vendas e compras de serviços através do comércio virtual, ficando atrás do Sudeste (com 63,8%) e o Sul (14,5%).
Os eletrodomésticos lideram o grupo de produtos mais vendidos, com 24%, seguido da telefonia, com 20%, eletrônicos, com 12%, informática, com 10%, e casa e decoração, com 7%. Adultos entre 35 a 42 anos, também são a maioria dos consumidores, e representam 37% entre as faixas etárias que fazem uso do mercado na rede.
De acordo com José Nilo Meira, que é gerente de Unidade de Acesso à Mercado do Sebrae Bahia, o mercado virtual tem seguido firme uma vertente contrária ao comércio convencional, que, nos últimos anos tem enfrentado uma queda de receita por conta da crise econômica. O número de e-consumidores cresceram 31% entre 2015 e 2016.
A tendência, segundo ele, é nacional e encontra reflexos também na Bahia. "Devido a popularização das ferramentas de tecnologia digital, onde se destacam os smartphones. Quanto mais dispositivos como este, maior será o uso do meio digital para fazer compras", explica.
Conforme explica o gerente do Sebrae, os últimos anos foram marcados pela melhoria da qualidade em termos de segurança e velocidade de rede, e agora, com o desligamento do sinal analógico sendo feito em todo o território nacional, isso abre possibilidade para melhorar a conexão da rede no País, e consequentemente, aumentar o espaço de vendas do e-commerce.
"Os sites estão ficando mais seguros, possuindo sistemas de blindagem mais eficientes, e as pessoas estão adquirindo mais confiança. Além disso, empresas de cartões de crédito estão adquirindo formas mais eficientes de detectar clonagens e outros tipos de fraude que antes fazia muitos consumidores desistirem de comprar algo pela rede", destacou Meira.
Fonte: Tribuna da Bahia