Uma pesquisa da Fecomercio MG mapeou o comportamento do consumidor na jornada até a loja. Segundo o levantamento 55,5% dos entrevistados dizem que o fato do comércio ter estacionamento influencia para a decisão de parar na unidade.
Além disso, no momento de ir às compras, 36,4% usam o carro, enquanto 26% preferem se locomover a pé, 21,5% utilizam o transporte público, e 15,4% recorrem ao táxi. “Nessa pesquisa, o número de pessoas que frequentam as lojas a pé chama a atenção, quando comparamos com o estudo elaborado em 2017”, argumenta o economista da Federação, Guilherme Almeida.
Segundo ele, o cliente tem privilegiado, cada vez mais, a praticidade e a comodidade, “o que se reflete na preferência crescente pelas lojas de vizinhança em relação àquelas do hipercentro da capital mineira, região que sofre com mais dificuldades de mobilidade”, completa.
Impacto para o varejo
Conforme o levantamento da entidade, 42,4% dos empresários apontam os problemas de locomoção de pessoas, veículos e cargas como causadores de impactos negativos ao comércio. Nesse universo, o trânsito ruim gera transtornos para 91,7% dos entrevistados, seguido pela dificuldade de carga e descarga (82,1%), além do custo elevado para manter um estacionamento (76,1%).
Outros aspectos com grande influência, segundo apuração da Fecomercio MG, são a cobrança do rotativo e fatores ligados à disponibilidade do transporte público. As pesquisas evidenciam que alguns desses pontos poderiam ser resolvidos ou minimizados com a melhoria das vias da cidade (45,7%), avanços nas condições do transporte público (37,2%) e diminuição das tarifas cobradas aos usuários (21,9%).
“De modo geral, a mobilidade está entre os principais gargalos para o varejo, tendo reflexos na disposição para o consumo. Se os problemas fossem solucionados, haveria um ambiente de negócios mais favorável. Apesar de melhoras recentes, esse quesito ainda deixa a desejar”, avalia Almeida, por meio de nota. De acordo com os entrevistados 33,6% classificam o trânsito na cidade de Belo Horizonte como regular, seguido por péssimo (31,3%), ruim (27,1%) e bom (8,1%).
Fonte: DCI