Setor arrozeiro defende medidas ambientais para dar competitividade ao produtor

Leia em 1min 40s

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) vai apresentar pedido ao Governo Federal visando a adoção de medidas comerciais restritivas contra países que possuam normas mais flexíveis de proteção do meio ambiente mediante imposição de antidumping ambiental. A iniciativa se deve à falta de condições de competitividade do orizicultor brasileiro com o cereal oriundo de países importadores que não possuem regras mínimas de preservação ambiental o que reflete em menor custo de produção.

 

De acordo com o diretor Jurídico da Federarroz, Anderson Belloli, os produtores de arroz do Brasil possuem conduta pautada pela preservação do solo, dos recursos hídricos e da integridade do sistema climático. Salienta, contudo, que o orizicultor tem que competir com arroz oriundo de países com regras ambientais incompatíveis com a legislação vigente no Brasil, o que torna desleal a concorrência. "No plano do comércio internacional verifica-se que é aplicável o antidumping comercial contra determinado país com o objetivo de proteger o setor econômico nacional de eventual prática desleal de comércio pelo desrespeito a padrões mínimos de preservação ambiental", observa.

 

Belloli afirma que a relação entre o meio ambiente e o comércio internacional tem sido objeto de discussões entre os conceitos da preservação do planeta e a adoção de medidas comerciais restritivas, face ao não cumprimento de padrões mínimos de proteção ambiental por alguns países.

 

No entanto, enfatiza que na prática verifica-se que determinados países obtêm vantagem competitiva advinda de degradação ambiental, na medida em que inexiste a incidência de regras aptas a garantir a preservação florestal, do solo e dos recursos hídricos, bem como boas práticas no registro e utilização de agentes químicos. "Obviamente que uma legislação ambiental mais branda reverte em custo menor ao produto final, sendo que esta vantagem deveria, portanto, ser minimizada pelo que se chama de antidumping ambiental", conclui. O advogado acredita que a sociedade civil e as entidades de defesa do meio ambiente, assim como o Ministério Público, devem apoiar a medida.

 

Fonte: Federarroz

 


Veja também

Caminho do Leite é um dos destaques da Agrishow

Como tornar o sistema de produção leiteira cada vez mais sustentável é um dos objetivos do W...

Veja mais
Vendas da Colgate decepcionam com a fraca demanda da América Latina

A Colgate-Palmolive disse que as vendas do primeiro trimestre ficaram abaixo das expectativas devido à estagna&cc...

Veja mais
Aumento do custo de produção da soja e milho em Mato Grosso

No dia 24 de abril, o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA) divulgou o relatório semanal...

Veja mais
Fatia do Brasil no mercado global de açúcar pode despencar para 35% em 2017/18

A participação do Brasil nas exportações globais de açúcar pode cair de mais d...

Veja mais
Ovos: Maior oferta de ovos galados pressiona cotações dos comerciais

A redução da procura por ovos, típica em final de mês, e a maior oferta de galados no mercado...

Veja mais
Citros: Tahiti registra 2ª maior média para um mês de abril

Ao contrário do esperado por agentes, a disponibilidade de lima ácida tahiti está controlada no est...

Veja mais
Setor atacadista distribuidor cresce 0,7% em 2017 e fatura R$ 259,8 bi

A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores divulgou ontem (25) os resultados do Ranking ABAD/...

Veja mais
Lucro da Via Varejo cai 26% no 1º trimestre, mas vendas crescem 10,5%

A Via Varejo teve crescimento de dois dígitos da receita e nova evolução das margens no primeiro tr...

Veja mais
Centro-sul do Brasil deve produzir menos de 30 mi t de açúcar em 18/19, diz Canaplan

A produção de açúcar no centro-sul do Brasil deve ficar abaixo de 30 milhões de tonel...

Veja mais