Amazonas teme perder competitividade que tem com isenção
No mesmo decreto em que aumentou imposto para bebidas, na semana passada, o governo reduziu o mesmo tributo para o principal insumo de refrigerantes: o xarope concentrado.
Não há dados sobre o impacto da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do xarope, de 27% para 17% -a medida entre em vigor em 1º de outubro (na semana passada, os fabricantes estimaram que o aumento do imposto sobre as bebidas prontas as deixaria 9,8% mais caras).
Mas fabricantes da substância na Zona Franca de Manaus já reclamam de perda de competitividade.
Como são isentos do IPI, tinham vantagem ao vender para as engarrafadoras da bebida, instaladas principalmente no Sudeste.
Com a redução, esse efeito não é mais tão grande.
Os maiores produtores de extratos do país estão em Manaus, entre eles AmBev (Guaraná Antarctica), Recofarma (Coca-Cola) e Pepsi.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas, a nova alíquota atinge 30 empresas da Zona Franca.
Algumas podem deixar o Estado, diz o Centro das Indústrias do Amazonas.
"Nenhum empresário é caridoso. Se baixar IPI não tem por que ficar, vai produzir em São Paulo", afirmou Ronaldo Mota, diretor do centro.
O setor na Zona Franca faturou R$ 440 milhões em 2011, segundo a Suframa.
Veículo: Folha de S.Paulo