O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Teruo Yamada, previu nesta segunda-feira que a diferença do preço da carne, com a desoneração da cesta básica anunciada pela presidente Dilma na última sexta-feira (8), será de 6%. "A carne será um dos itens mais atingidos, pois estava muito onerada", observou. Ele estimou que para o restante dos produtos, a diminuição será de 3%, pois a "oneração era mais leve".
Para Yamada, os produtos da cesta básica que passaram por redução de impostos devem ficar mais baratos para o consumidor a partir desta terça-feira (12). De acordo com Yamada, carnes e produtos de higiene devem cair numa média de 6%, enquanto os demais itens que compõem a cesta básica devem diminuir 3%.
Segundo ele, a desoneração integral da cesta deve chegar ao consumidor em até duas semanas. Isso porque parte deste repasse também depende da indústria. Yamada reuniu-se, no Ministério da Fazenda, com representantes do comércio e da indústria e com o ministro Guido Mantega. Ele participou da reunião de representantes de redes como Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart, BR Foods e associações empresariais, ontem, com o ministro.
A ideia era que empresários e representantes do setor de supermercados e do comércio varejista se encontrassem com Mantega para cobrar o repasse imediato das desonerações de impostos federais dos produtos da cesta básica. Yamada salientou também que no caso de material de higiene pessoal o impacto será "muito forte".
Indústria
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Edmundo Klotz, espera que todo o setor varejista repasse a desoneração da cesta básica. "Não temos muita noção de quanto será esse repasse. Chegará ao menor nível possível, pois estamos fazendo a nossa parte. Todos devem repassar o máximo do benefício, levando o imposto para próximo de zero", afirmou. A entidade prevê um crescimento das vendas de alimentos de 5% a 6% neste ano.
Veículo: DCI