Vendas em supermercados caem em junho ante maio

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Associação brasileira do setor mantém sua previsão de crescimento de 3,5% nos negócios em 2013 em relação a 2012.

São Paulo - O volume vendido nos supermercados registrou queda de 1,6% entre janeiro e junho deste ano na comparação com igual período do ano passado, de acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), divulgado ontem. No primeiro semestre de 2012, as vendas em volume recuaram 0,2% sobre o mesmo intervalo do ano anterior.

Fabio Gomes, gerente de atendimento da Nielse, observa que o maior impacto para a queda no volume parte da categoria bebidas alcoólicas (-5,7%) e não alcoólicas (-2,2%), que representam, juntas, cerca de 20% do indicador.

"As vendas de cerveja e bebidas puxaram para baixo o volume nos supermercados. As vendas foram menores em função da mudança de hábito, com consumidores buscando alimentos saudáveis, e pelo reajuste de preços nessas categorias", disse.

Gomes observou também que as vendas em estabelecimentos de menor porte foram melhores, apesar de terem apresentado queda. Os mercados com um a quatro check-in (caixa) tiveram queda em volume de 0,2% no primeiro semestre, enquanto nos supermercados com 10 a 19 check-in a redução do volume foi de 2,3%. "Esses pontos comerciais são mais voltados para a venda de produtos de primeira necessidade e reposição, o que explica a performance melhor", afirmou.

O vice-presidente da Abras manteve a previsão de que as vendas do setor cresçam em torno de 3,5% em 2013 em relação a 2012. "Nosso indicador mostra que os números continuam positivos para o setor supermercadista. Nossa previsão inicial foi bem realista e deve se confirmar", afirmou.

Segundo o economista da Abras, Flavio Tayra, até o fim do ano os supermercados devem registrar taxas de crescimento semelhantes ao acumulado no primeiro semestre, quando as vendas reais do setor avançaram 2,99%. "Iniciamos o ano com essa projeção e, passados seis meses, apesar do cenário macro, nosso setor vem confirmando o desempenho. Os supermercadistas seguem otimistas, embora as condições macroeconômicas para a economia, de modo geral, não sejam positivas", disse Tayra.

No Estado de São Paulo, o faturamento real dos supermercados recuou 4,19% no conceito mesmas lojas no mês de junho em relação a maio, informou ontem a Associação Paulista de Supermercados (Apas).



veículo: Diário do Comércio - MG


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