O setor supermercadista prevê crescimento de 1,9% em 2014. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), até julho, o resultado acumulado era de 1,48%. Para 2015, a perspectiva é de que o ano seja um pouco melhor, com o setor crescendo 2,5%.
“Apesar dos rumores de um ano difícil em 2015, nossa perspectiva é a de continuarmos crescendo acima do PIB, acreditando na força do mercado interno brasileiro e na manutenção de uma taxa de desemprego nos mesmos patamares que se apresenta atualmente”, diz Fernando Yamada, presidente da Abas.
Em relação ao fechamento de 2014, a entidade revisou em agosto a sua estimativa de crescimento, que era de 3%, para 1,9%, levando em conta os resultados do primeiro semestre do ano. Em 2013, o setor cresceu 5,36%.
De acordo com levantamento da Abras, em parceria com a Nielsen, as mudanças de hábito de consumo impactaram na preferência por formatos de lojas com menos serviços e foco em preço baixo, chamado de Cach&Carry ou atacarejo, que cresceu 9% no primeiro semestre de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013. Já os supermercados e hipermercados apresentaram variação de 1,48%. O formato atacarejo já responde pela mesma importância de vendas dos hipermercados, segundo a Abras.
Já o consumo de bens de alto consumo em 2014 cresceu 4,4% no acumulado do primeiro semestre, mas voltou ao mesmo patamar de 2012, com todas as classes impulsionando o consumo. No entanto, a frequência de compra de classes mais baixas da população caiu em 2014. Os consumidores fazem menos visitas ao ponto de venda e levam mais itens por viagem.
Levantamento da Abras para medir a evolução dos preços em uma cesta de 35 produtos de grande consumo como frutas, legumes e verduras, carnes, cereais, bebidas e itens de higiene e limpeza mostra que o índice deve fechar o ano em 6,17%, contra 6,27% do IPCA, do IBGE, utilizado para medir a inflação nos alimentos.
A Abras informa que houve estabilidade de preços nos itens da cesta a partir de maio deste ano e que os alimentos estão deixando de ser o “vilões” da inflação. A análise mostrou que o consumidor está deixando de consumir alguns produtos por causa do aumento dos preços.
Veículo: Portal G1 (17/09)