A NRF começou com debates sobre ferramentas para entender e atender ainda melhor o consumidor,
sem deixar de lado o básico: as lojas físicas
Por Jeferson Moreira, de Nova York*
A 104ª edição da NRF teve início neste domingo gelado de inverno tipicamente nova-iorquino, mas com elevação rápida de temperatura, quase de verão brasileiro, não só pela presença gigantesca verde e amarela (inclusive de diretores da ABRAS), mas também pelos temas que ferveram no primeiro dia de palestras.
O chairman da NRF e CEO aposentado da SAKs, Stephen I. Sadove, deu as boas vindas aos participantes em um tom otimista, principalmente pelos novos desafios que o varejo apresenta aos seus profissionais, bem como a presença dos maiores varejistas mundiais no encontro. Em seu discurso, as palavras informação e tecnologia tiveram grande peso e juntas são ferramentas indispensáveis para se atender as expectativas desta nova geração de consumidores (millenials), bem como as dos mais velhos.
A informação é o grande trunfo para a personalização dos serviços para cada consumidor. Em suas palavras "Conectar para entregar".
Na palestra inaugural, o tema Mudança de Jogo; Lições de lealdade e performance de fãs do esporte, vieram ao encontro do que, ao menos pelo primeiro dia de evento, indica ser o grande tema a ser discutido: BIG DATA.
O grande acumulo de informações sobre as preferências dos torcedores, por exemplo, gerou um retorno enorme à NBA, cabendo a ela se adaptar conforme o perfil e a necessidades de seus consumidores. A informação tornou-se um bem tão precioso que para realmente atender às solicitações de seus torcedores, além da transparência em sua comunicação, a NBA abriu todas as estatísticas de seus jogos de décadas, anteriormente restrito a dirigentes e técnicos, em um sistema que pode ser consultado por qualquer fã do esporte. Já a seleção alemã de futebol utilizou a informação como arma para melhorar o desempenho de seu time em campo, enquanto o time de futebol americano 49ers começou a analisar os possíveis novos talentos através de cálculos antes deixados de lado.
O que ficou claro nesta palestra é que como o varejo, o esporte busca engajar seus consumidores e para isso é preciso entendê-los a fundo. Mas como colocou o COO da NBA, Mark Tatum, o uso da tecnologia deve atender a necessidade das pessoas e não ser utilizada apenas por se utilizar, é usufruir de ferramentas para entender o indivíduo e atendê-lo cada vez melhor.
As palestras paralelas também tiveram a informação e sua análise em destaque, principalmente quando aplicado ao conceito de Multicanal, tema este já consolidado como crucial para sobrevivência do varejo.
Fechando o dia, a palestra: Brick is the New Black, na tradução literal: Tijolos são o novo preto, fez alusão ao quão importante é a loja física para o varejo.
Seja pelo presidente da Levi's ou pelo representante do Walmart, a unanimidade é que lojas são os locais para experiência e devem ser tratadas como o ponto focal do multicanal. Basta lembrar que muitos gigantes do e-commerce já estudam terem lojas físicas pela forca que o showroom traz aos negócios.
Este foi um pouquinho do primeiro dia de evento. Continue acompanhando a viagem da ABRAS à maior feira do varejo mundial e fique por dentro das principais novidades.
Por Jeferson Moreira, gerente de Arte e Publicidade da ABRAS, na cobertura da Viagem Abras-GS1 Brasil à NRF 2015, especialmente para o Portal ABRAS.
Fonte: Redação/Portal ABRAS