Supermercados esperam vendas de menores a estáveis na Páscoa

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Os supermercados do Brasil esperam vendas menores ou estáveis no período da Páscoa, no fim de março, informou nesta segunda-feira (29) a associação que representa o setor, Abras, acrescentando que o faturamento de janeiro caiu na comparação anual.

 Segundo pesquisa da entidade, 41,9% dos supermercadistas do país esperam vendas da Páscoa estáveis e 39,5% acreditam em queda em relação à mesma temporada de 2015. Apenas 18,6% dos empresários do setor esperam uma melhora no desempenho para o período.

"A Páscoa sempre é muito aguardada pelo setor, mas entendemos que o atual momento econômico vem refletindo na expectativa dos supermercadistas", disse o presidente do conselho consultivo da Abras, Sussumu Honda, em comunicado. A Páscoa é a segunda data mais importante para o setor, atrás apenas do Natal.

A pesquisa da Abras apontou ainda que as redes varejistas apostaram em produtos de menor valor agregado para a Páscoa neste ano, como caixas de bombons e chocolates em barra. A categoria de ovos de Páscoa teve queda 7% nas encomendas dos supermercadistas, segundo a Abras.

O levantamento também mostrou que quase todos os produtos ligados à época tiveram queda de encomenda pelos supermercados, como peixes e vinhos. Da lista de produtos mais consumidos na Páscoa, somente o grupo refrigerantes e cervejas (+3,2%) e os azeites (+0,7%) tiveram encomendas maiores.

Vendas em janeiro
A entidade registrou queda de 3,38% nas vendas reais dos supermercados do país em janeiro sobre um ano antes. Na comparação com dezembro, a queda foi de 19,6%.

"Desemprego e inflação em alta, reduziram a renda disponível do consumidor e, combinado a um quadro de incertezas econômicas, houve impacto nas vendas", disse Honda em comunicado.

A Abras informou no mês passado que espera queda de 1,8% nas vendas reais dos supermercados do país este ano, após queda de 1,9% em 2015.

Em janeiro, a cesta de produtos pesquisada pela entidade em conjunto com a empresa GfK apontou alta nominal de 2,99% nos preços sobre dezembro e de 17,44% sobre o mesmo mês de 2015, a R$ 452,22. As maiores altas sobre dezembro envolveram produtos de hortifruti como cebola (23%), tomate (21,6%), farinha de mandioca (17,76%) e açúcar (10,2%).

 



Veículo: Portal G1


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