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O presidente da ABAD, José do Egito Filho, destacou em seu discurso que o setor atacadista sofreu com a crise econômica, mas já começa a ver sinais de recuperação. "Os dois últimos anos foram extremamente desafiadores para a economia brasileira. Fazemos parte de um setor tradicionalmente resiliente nos momentos de dificuldade, mas o aumento do desemprego, a inflação alta e a dificuldade na condução política do País acabaram afetando nossas empresas. No ano passado faturamos R$ 218, 4 bilhões e registrou queda real de -6,8%, a primeira em mais de 10 anos. Já em 2016 nosso setor viu o faturamento registrar queda de -1,4%, ou seja, estamos reagindo e otimistas para o próximo ano", ressalta.
Além dos presidentes da ABAD e da ABRAS, o painel, mediado pelo economista, Ricardo Amorim, contou com as presenças do senador José Gonzaga Sobrinho (PSDB); do deputado federal Laércio Oliveira (Solidariedade); do deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviço e Empreendedorismo (Frente CSE), Rogério Marinho (PSDB); do presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Pinheiro, e do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro.
Yamada, que é também coordenador da UNECS destacou durante o painel as demandas urgente do setor de comércio e serviços. "Nós da UNECS estamos lutando por meio da Frente CSE, que hoje é a segunda mais atuante do Congresso, por propostas muito importantes pra fazer nossos setores voltar a crescer e gerar mais empregos como: simplificação tributária, modernização da legislação trabalhista com a aprovação dos projetos de lei que estabelecem o trabalho intermitente e a terceirização, e o reconhecimento da atividade dos supermercados como essencial. Queremos um Brasil mais simples e mais moderno, e a vez do país melhorar já começou."
No painel, Ricardo Amorim se mostrou otimista e ressaltou que a crise no Brasil já está dando sinais de melhora. Dentre suas projeções, salientou que a queda nos juros e um poder político estável poderão auxiliar o país na retomada do crescimento. "Se não houver uma crise mundial pela frente, acredito que o Brasil verá a taxa de juros despencar e o consumo voltar a crescer. Hoje a Selic (taxa básica de juros) está em 14% ao ano, a média do mundo é de 0,1% anual, ou seja, a nossa é 140 vezes mais alta que a média mundial. E, se afastarmos a preocupação que ainda existe em relação à capacidade do governo de honrar seus compromissos, iremos atrair muitos investidores internacionais", destacou.
Nova diretoria
No encontro também foi apresentada aos presentes a nova diretoria da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) para o biênio 2017/2018, a qual será presidida por Emerson Luiz Destro, da Destro Brasil Distribuidora Ltda.
Em seu discurso de posse, o novo presidente da ABAD, afirmou que a entidade continuará a trabalhar pela simplificação tributária, reforma trabalhista, solução dos problemas de infraestrutura e outros aspectos operacionais e fiscais que afetam o setor. "A sinergia e a parceria entre todos os elos da cadeia de abastecimento do canal indireto é condição de sucesso para cada um de seus integrantes. Devemos permanecer unidos, pois unidos somos mais fortes", acrescentou.
Homenagem
Durante o Encontro de Valor ABAD 2016, o presidente das ABRAS, Fernando Yamada, foi homenageado pelo presidente José do Egito Filho, com troféu especial que simboliza a união e parceria, pelo trabalho à frente da entidade nacional de supermercados e pela iniciativa de criação da UNECS.
Redação Portal ABRAS