Desempenho do 1º bimestre do ano é considerado positivo pela Amis pela base forte de comparação
Os supermercados mineiros registraram crescimento de 0,90% nas vendas nos dois primeiros meses deste ano frente a igual período de 2016. Já na comparação de fevereiro de 2017 com igual mês do ano passado, o aumento foi de 1,69%. Entretanto, houve retração de 1,40% em fevereiro deste ano sobre o mês anterior. Os dados são do Termômetro de Vendas divulgado ontem pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). De acordo com o superintendente da Amis, Antônio Claret Nametala, os dados deste ano confrontados com os do mesmo intervalo de 2016 são especialmente positivos porque a base de comparação é forte. "Em 2016 tivemos um início de ano com boas vendas", explica.
Segundo Nametala, a queda de fevereiro deste ano frente ao mês anterior foi considerada normal devido ao calendário, já que janeiro tem três dias a mais. Além disso, a maior parte dos supermercados não abriu as portas na segunda-feira de Carnaval (27 de fevereiro), Dia do Comerciário. Na variação regional, comparando-se fevereiro com o mês anterior, a Zona da Mata teve o melhor resultado, com redução de 0,04%, seguida do Triângulo (-0,12%); Norte (-0,43%); Sul (-0,75%); Centro-Oeste (-0,96%); Central (-2,34) e Vale do Rio Doce (-2,45%).
O superintendente da Amis informou que a perspectiva é de melhora no setor. Para a Páscoa, a expectativa é positiva. Claret Nametala explicou que há previsão de queda de 10% nas vendas de ovos de chocolate, mas de crescimento de 12% de outras modalidades do doce, como barras e caixas especiais. "A indústria está atenta a novas demandas. Esses produtos vêm para atender a um desejo do consumidor", disse. Nametala também ressaltou que os supermercados de Minas não sentiram impacto significativo devido à Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. "Num primeiro momento teve uma desconfiança. Em seguida, com algumas apurações avançando, a confiança foi voltando", disse. A operação apura esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e donos de frigoríficos.
Segunda posição - Segundo Claret Nametala, Minas Gerais tem a segunda maior rede supermercadista do País, atrás apenas de São Paulo. Em 2016, o crescimento foi de 1,26% e o faturamento chegou a R$ 33,9 bilhões. Para este ano, a projeção é de alta de 1,7%, com abertura de 56 lojas. Em todo o Estado são 7.107 lojas que empregam cerca de 180 mil pessoas. Com relação às vendas, os índices de Minas estão melhores que os nacionais. Os supermercados do País registraram queda nas vendas de 0,07% comparando-se o primeiro bimestre deste ano com igual período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No comparativo de fevereiro deste ano com igual mês de 2016, houve redução de 0,24%. A retração de fevereiro de 2017 frente ao mês anterior foi de R$ 1,93%.
Segundo a Abras, o setor supermercadista brasileiro registrou faturamento de R$ 338,7 bilhões em 2016, crescimento nominal de 7,1% na comparação com 2015. Segundo a Pesquisa Ranking Abras/SuperHiper, o Carrefour ocupa a primeira posição, com faturamento de R$ 44,9 bilhões, seguido do GPA, Walmart Brasil, Cencosud e Irmãos Muffato & Cia. De acordo com a entidade, os empresários do setor estão mais otimistas quanto ao cenário macroeconômico. O resultado da pesquisa realizada em fevereiro aponta 56,1 pontos, numa escala de 0 a 100. O levantamento realizado em dezembro registrou 50,5 pontos.
Fonte: Diário do Comércio de Minas