São Paulo - O avanço tímido das vendas nos supermercados em maio, alta de 1% sobre um ano antes, somado as incertezas políticas levaram o setor a manter uma postura de cautela com o resultado de 2017.
Para a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) o momento delicado da economia e a instabilidade política ainda podem refletir nos negócios das empresas associadas. "Sabemos que o momento ainda é de cautela, o cenário político brasileiro tem passado por novas reviravoltas, e isso também afeta na confiança e na intenção de compra da população", destaca o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto.
O executivo ressalta, no entanto, que alguns setores macroeconômicos indicam que este ano será melhor que 2016. "Nos últimos dois meses o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou aumento nos postos de trabalho, a inflação também tem se mantido em baixos patamares, fatores que influenciam diretamente no resultado acumulado das vendas do setor, completou ele.
Resultado
As vendas do setor supermercadista acumulam alta de 0,61%, de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período de 2016. Apesar do resultado relativamente bom na soma de cinco meses, em maio, as vendas do setor supermercadista em valores reais - deflacionadas pelo IPCA/IBGE - apresentaram queda de -6,96% na comparação com o mês de abril, dado que foi fortemente influenciado pela Páscoa, que este ano aconteceu em abril.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve avanço de 1,6%.
Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram queda de -6,67% em relação ao mês de abril e, quando comparadas a maio de 2016, alta de 4,72%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 5,15%.
De acordo com o Abrasmercado, pesquisa que mede preços dentro das operações, em maio, somente o Sudeste apresentou alta (0,21%), impulsionada pelo interior de São Paulo (1,86%) e interior de Minas Gerais (1,43%). As maiores quedas foram nas Regiões Norte (-1,45) e Sul (-074%).
Fonte: DCI São Paulo