João Carlos de Oliveira, na abertura da Conferência Brasil em Código
A Associação Brasileira de Automação - GS1 Brasil promoveu na tarde de ontem (29/6), a 7ª edição da Brasil em Código - Conferência Internacional. O evento reuniu centenas de empresários e executivos do varejo nacional no Hotel Unique, em São Paulo, para debater a conectividade entre empresas e pessoas, informação e qualidade de dados.
O presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira, abriu a Conferência ressaltando a representatividade da entidade, que possui no país 58 mil associados, responsáveis por 15% dos empregos formais do Brasil, e destacou a automação como tendência global na racionalização dos processos e na melhora da produtividade das empresas.
Para falar da conectividade ligada ao novo contexto global, participaram da Conferência renomados especialistas: Stelleo Tolda, COO do Mercado Livre; Luís Rasquilha, CEO na Inova Consulting; Mário Laffitte, vice-presidente de Marketing da Samsung; Luiz Eduardo Serafim, head de Marketing da 3M; Murilo Gun, humorista; e Miguel Nicolelis, médico e cientista brasileiro. Além do jornalista Nivaldo Prieto, como mediador e mestre de cerimônia.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Sanzovo Neto, participou da Conferência Brasil em Código e destacou o evento como uma boa oportunidade de atualizar conhecimentos. "Nos traz cases nacionais e internacionais e informações valiosas que nos ajudam a melhorar nossas operações. A GS1 Brasil é uma grande parceira da ABRAS, e é uma honra participar desse evento."
Coletiva de imprensa
Coletiva de imprensa da GS1 Brasil
Antes da Conferência Internacional, a GS1 Brasil realizou coletiva de imprensa para divulgar aos jornalistas estudo inédito, realizado com o apoio da GfK Brasil, que aponta o nível da automação no País.
Para compreender a automação na vida dos consumidores, o estudo foi dividido em seis frentes: acesso à internet: eletrodomésticos/eletroeletrônicos, o uso de aplicativos de celulares, a automação residencial, tecnologias no carro e o uso de itens pessoais como os wearables (tecnologias vestíveis). Em 2.003 entrevistas em todas as capitais brasileiras com consumidores acima de 18 anos, das classes A, B e C, foi possível identificar o quanto as tecnologias facilitadoras estão presentes na vida das pessoas e sua intenção de intensificar o uso no futuro.
Pela pesquisa, o consumidor relaciona a automação diretamente à tecnologia e inovação. Segurança e economia foram outros benefícios apontados. O estudo mostrou que é no automóvel que o consumidor convive mais com a automação. Sensor de ré, bluetooth, computador de bordo e controles no volante já são considerados itens comuns. Os mais recorrentes são bluetooth, em 41%; sensor de ré, em 38%; e painel digital, em 31% dos carros. 25% dos entrevistados afirmam possuir carro com câmbio automático e controles no volante.
A pesquisa apurou também que 82% dos entrevistados pretendem melhorar a automação da sua vida já nos próximos 12 meses com a aquisição de novos produtos e dispositivos, pois a conexão de smartphones a eletrodomésticos, câmeras (na casa e no condomínio) e no painel digital (no carro) já faz parte do cotidiano.
Na indústria, foram entrevistados 1.478 empresas, e em comércio/serviços foram realizadas 2.169 entrevistas, com apurações realizadas em todos os portes e em todas as capitais do Brasil. Em relação à pessoa jurídica, o estudo deixa claro que o conceito de automação é plenamente difundido nas empresas, que é visto como um dos caminhos para a produtividade e a inovação.
Enquanto o conceito de automação para a indústria está mais ligado à produção e logística com o uso de maquinário, esteiras e sensores óticos, para o comércio e serviços ele se amplia a todos os equipamentos que tornam os processos mais eficientes - incluindo sistemas de gestão do ponto de vendas e de estoque.
Consumidores e empresas
Na coletiva também foi apresentado os resultados do estudo Consumidores e empresas - 5ª edição: tendências e comportamento no mercado nacional, realizado em maio deste ano com o apoio da consultoria H2R Pesquisas Avançadas, que entrevistou 400 pessoas maiores de 18 anos com acesso a smartphones e 550 empresas com produtos para o consumidor final dos setores de alimentos, saúde e indústria de transformação.
Uma das primeiras constatações é alto grau nível de conectividade simultânea durante a busca por informações de produtos que são o desejo do consumidor. A experiência começa pela Internet, onde 84% das pessoas afirmam procurar informações detalhadas dos produtos. Mas a pesquisa demonstra que este é o principal meio no início da sua jornada, mas não o único; ele vai à loja, busca em seu celular e pede referências aos seus amigos.
Pelo estudo, a dinâmica da experiência do consumidor continua quando chega o momento de decidir pela compra. A força da marca é a influência mais forte, causando impacto em 63% dos entrevistados. Embora a conectividade tenha forte influência durante a busca de informações por produtos, o consumidor gosta de ir à loja física. Por exemplo, produtos de cuidados pessoais, medicamentos, artigos para saúde, alimentos e bebidas são adquiridos pela maioria nas lojas físicas.
Já celulares, eletroeletrônicos e computadores estão tendo cada vez maior adesão na compra online - quase 25% dos entrevistados. Mas, 34% deles dizem ir à loja para aperfeiçoar sua experiência, tocar e conhecer melhor esses produtos.
O estudo destacou ainda o valor das empresas que buscam construir experiências inovadoras, 67% dos entrevistados afirmaram que a possibilidade de efetuar o pagamento pelo smartphone proporcionou a sensação da inovação e influenciou a decisão de comprar.
Redação Portal ABRAS/DFreire