Coletiva de imprensa do Balanço Semestral do RAMA, em SP
Marcio Milan, coordenador do RAMA, na divulgação do Balanço
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A coletiva contou com as presenças do superintendente da ABRAS e coordenador do RAMA, Marcio Milan; do diretor da PariPassu, empresa gestora do RAMA, Giampaolo Buso; do diretor proprietário da Trebeschi Tomates, Edson Trebeschi; do gerente de Marketing da MNS, empresa distribuidora de hortifrutigranjeiro, Emerson Oliveira; e do executivo de negócio da GS1 Brasil, Nilson Gasconi.
No ano passado, o total de FLV rastreado pelo Programa chegou a 1,2 milhão de toneladas, o objetivo é fechar o ano com um incremento de cerca 6,5% nesse resultado, de acordo com Milan.
"A rastreabilidade e o monitoramento são tendências no mercado global de alimentos. O RAMA traz modernidade e segurança para a cadeia de abastecimento do País. De forma crescente e evolutiva, supermercadistas, fornecedores e produtores, estão percebendo a necessidade e a importância da adesão ao Programa, que é referência como ferramenta no apoio ao controle de defensivos agrícolas, garantindo, assim, mais segurança para a população", destaca Marcio Milan.
Para Edson Trebeschi, uma das vantagens do RAMA é permitir a identificação de todo um trabalho desenvolvido antes do produto chegar às gôndolas. "Tira a informalidade da produção, e garante ao supermercadista e ao consumidor final um produto com segurança alimentar. No caso da Trebeschi, que está muito focada na qualidade, é fundamental. Um Programa como esse agrega valor ao nosso trabalho e ao nosso processo de melhoria contínua para levar ao consumidor um produto cada vez melhor, e nos diferencia da concorrência", destaca Edson Trebeschi.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi representado no evento pelo chefe de divisão do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável, Marcus Vinícius Martins. Na oportunidade, Martins elogiou o desempenho do RAMA desde seu surgimento, em 2011, e falou da parceria com o MAPA. "Sou muito fã do RAMA, apoiamos a ABRAS desde o início desse processo. É um programa que tem de continuar e se fortificar para crescer bastante."
Conformidades
O Programa RAMA registrou no primeiro semestre melhoria de 6,9% em relação à conformidade dos resíduos químicos nas frutas, legumes e verduras comercializados pelos supermercados que fazem parte do Programa, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A conformidade desses resíduos, nos primeiros seis meses do ano de 2017, foi de 77%. Em 2016, o resultado fechou em 72%, de acordo com a PariPassu, gestora técnica do Programa.
FLV no faturamento
A participação do FLV no faturamento dos supermercados, em 2016, foi de 9,1%, o que soma R$ 30,8 bilhões. E, quando observado somente os supermercados participantes do RAMA, que faturaram R$ 70,4 bilhões no ano passado, a média do FLV ficou em 10,5%, ou seja, 15,3% acima da média nacional.
Vale lembrar, que na informação da evolução do IPCA acumulado nos últimos 12 meses (de julho/16 a junho/17), os produtos tiveram forte queda no preço médio, chegando em -11,14% para as hortaliças e verduras e -5,93% para as frutas.
Participação
Até junho de 2017, foi registrado um aumento de 4,5% do número de supermercados participantes, finalizando com um total de 46 redes varejistas (que representam mais de 20% das vendas totais de FLV comercializados pelo setor no Brasil).
O faturamento de R$ 70,4 bilhões das redes participantes do RAMA representa 20,8% de participação no faturamento total do setor, com mais de 800 lojas e um total de 146 mil empregos diretos, de acordo com o Ranking ABRAS 2017.
Redução do desperdício
Dentro de uma visão sistêmica, onde o Programa RAMA envolve todos os elos da cadeia de abastecimento, a melhoria da qualidade pode ser percebida, quantitativamente com o resultado de redução de perdas nas lojas. De 2015 para 2016 o índice de perdas de FLV nos supermercados passou de 6,8% para 6,2% (chegando a R$ 1,9 bilhão). Totalizando uma redução de 8% (0,5 p.p) das perdas do setor. Esse número representa 2,66 milhões de produtos que completaram seu ciclo, da produção à mesa do consumidor final.
Tecnologia avançada no padrão de Identificação
Para garantir maior eficiência na comunicação entre os participantes da cadeia de abastecimento, a identificação da informação do controle de qualidade e rastreabilidade do Programa RAMA é realizada por meio de etiquetas nas embalagens, caixas de transporte e paletes através do padrão GS1.
Esse padrão soma a integração entre o pedido do supermercado, a rastreabilidade do fornecedor e a identificação do produto, o que apoia a eficiência de qualidade e logística da operação, auxiliando no melhor desempenho desde a colheita até a entrega do produto. Quanto melhor e mais rápida a entrega, melhor a qualidade do produto e menor a probabilidade de desperdício.
RAMA 2020
O Programa RAMA tem como meta cinco pilares básicos a serem trabalhados até o ano de 2020:
1. Aumentar o número de varejos participantes em 30% do faturamento Ranking ABRAS;
2. Aumentar a participação do FLV no faturamento total do setor varejista para 12%;
3. Reduzir o desperdício do FLV para 5,1%;
4. Expandir a adoção do padrão GS1 de automação logística
5. Capacitar fornecedores e supermercadistas por meio da Escola Nacional de Supermercados da ABRAS.
Números
- 46 empresas (redes) varejistas participantes (até junho/2017).
- Empresas com faturamento de FLV, acima da média de mercado, evoluíram 67% acima das demais.
- 95 produtos monitorados, com análises realizadas (tabela anexa ao material).
- Total de 20 estados brasileiros com coletas de amostras realizadas.
- Um total de 2.571 amostras realizadas desde 2012 até jun/2017.
O Programa RAMA conta com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Adesões
O primeiro estado a implantar o RAMA foi Santa Catarina, em 2011, com a parceria da Associação Catarinense de Supermercados (ACATS), que conta hoje com 26 supermercados atuantes. O segundo estado a implantar o RAMA foi o Rio Grande do Norte, com a parceria da Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (ASSURN), com trabalhos iniciados em 2012; e o terceiro estado foi Sergipe, com apoio da Associação Sergipana de Supermercados (ASES), que começou a implantação do RAMA em 2014.
Grandes empresas como Angeloni, Bistek e Giassi, maiores redes de Santa Catarina, e Nordestão, a maior do Rio Grande do Norte, capitanearam a ampliação dos programas em seus respectivos estados; Carrefour, Coop e a Rede Hortifrúti e Natural da Terra deram mais consistência e maior cobertura para o Programa.
O Estado do Rio Grande do Sul deverá aderir ao Programa ainda durante o ano de 2017.
Mais informações: www.abras.com.br/rama
Redação Portal ABRAS