As vendas do setor supermercadista amazonense registraram crescimento estimado em 1,11% no período de janeiro a setembro deste ano, em relação a igual período de 2016. Segundo a Amase (Associação Amazonense de Supermercados), o aumento nas vendas é reflexo da recuperação, ainda que gradativa, da economia nacional. A expectativa da associação é de manter o aumento nas vendas e contabilizar faturamento, até dezembro deste ano, superior ao registrado nos últimos três meses de 2016. As empresas se preparam para atender ao período de festas natalinas.
O superintendente da Amase, Alexandre Zuqui, comenta que os números do setor supermercadista local acompanharam os índices de crescimento registrados pelo segmento nacional nos nove meses do ano, divulgados ontem pelo Índice Nacional de Vendas da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Conforme a Abras, na comparação com agosto deste ano, as vendas apresentaram alta de 3,10%. Quando comparado ao mesmo mês do ano anterior as comercializações tiveram incremento de 4,58%. No acumulado do ano as vendas cresceram 4,84%.
Segundo Zuqui, os resultados obtidos no Amazonas não diferem muito dos números registrados nacionalmente e registra crescimento na mesma proporção que a nível nacional. "A melhora no cenário econômico gera o impulso no poder de compra do consumidor e resulta em aumento nas vendas. O mercado como um todo busca alternativas, como por exemplo, o ajuste do custo operacional com o controle de despesas. A palavra de ordem é redução nos custos para poder se tornar mais competitivo e ter mais ações promocionais, trazendo o cliente ao supermercado", completou.
De acordo com o empresário, o segmento mantém boas expectativas para as vendas no último trimestre do ano, principalmente, no mês de dezembro período de procura pelos itens utilizados nas festividades natalinas. Boa parte dos supermercados já efetuou os pedidos para os últimos meses do ano. Zuqui afirma que os preços dos produtos da cesta natalina, neste ano, estarão mais acessíveis em relação aos valores comercializados em dezembro de 2016.
"Manaus demanda um elevado volume de produtos para o período de festas de final de ano e neste período os mercados já efetuaram os pedidos de compras, itens fornecidos pela região Sudeste. A partir de 20 de novembro o dinheiro começa a circular devido aos pagamentos de décimo terceiro e as lojas precisam estar abastecidas para terem êxito. Os preços devem estar mais competitivos do que em 2016 devido ao momento econômico que o país enfrenta".
As boas projeções também partem dos empresários nacionais. Conforme a Pesquisa Natal 2017 realizada pelo Departamento de Economia da Abras, os empresários do setor supermercadista projetam crescimento nominal de 8,34% nas vendas de final de ano. O resultado representa uma queda de 1,22% em relação a 2016, que registrou 9,56% na perspectiva de venda. Em termos reais, a projeção é de estabilidade, com estimativa de 0,27% de crescimento.
Mas, diferente dos representantes locais, boa parte dos entrevistados a nível nacional afirmou ter cautela na hora de efetuar os pedidos para as compras de mercadorias. Do total de entrevistados, apenas 24% estão otimistas e acreditam em vendas superiores em relação ao ano anterior; enquanto 54% dos empresários prevêm estabilidade nas compras junto às indústrias/fornecedores.
"O momento político e econômico ainda gera incertezas na população, que segue cautelosa em relação ao consumo, priorizando produtos mais baratos e de menor valor agregado. A retomada do crescimento não veio como gostaríamos em 2017, mas a expectativa é positiva. O Natal e o Réveillon são períodos de grande movimento nos supermercados, e é importante nos prepararmos para receber da melhor maneira possível nossos clientes", ressalta o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.
Vendas
Em relação à expectativa de vendas dos produtos mais consumidos no Natal e no Réveillon, a cerveja (12,36%) e o frango congelado (12,35%) lideram as perspectivas dos empresários, seguidos da carne bovina (10,69%) e do suco (9,26%), dois itens inclusos na pesquisa este ano.
Produtos típicos
Dentre os produtos típicos do Natal, os supermercadistas estão apostando mais nas vendas de frutas nacionais da época (10,96%), que representa um aumento de 50 pontos percentuais, em relação às perspectivas de 2016, que registrou 10,46%, seguido do panetone (9,79%), espumantes/frisantes (8,09%), lombo (7,71%) e frutas secas (7,32%).
O peru, uma das aves mais tradicionais da época, registrou estabilidade nas encomendas, e representa 7,07% da expectativa de vendas para o período, ante 7,00%, registrado no ano passado.
Fonte: Jornal do Commercio