A Páscoa 2018 deverá registrar vendas no mesmo patamar do ano anterior para 50,0% dos supermercadistas que participaram do estudo elaborado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), divulgado hoje (1) pela entidade nacional.
O levantamento, apurado nas cinco regiões brasileiras de janeiro a fevereiro, aponta ainda que 32,9% dos empresários estão otimistas em relação à data, e projetam vendas superiores às estimadas em 2017 (no ano passado apenas 12,1% tinham essa percepção). No entanto, para 17,1% dos supermercadistas os resultados de 2018 serão inferiores aos apresentados no ano anterior.
As encomendas dos supermercados apontam para um crescimento nominal de 0,2% (a estimativa em 2017 era de -4,9%). Deflacionado pela variação média dos produtos pesquisados, 2,5%, a redução real deverá ser de -2,3% (no ano passado esta mesma expectativa estava em -7,7%).
De acordo com o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto, os resultados da pesquisa de Páscoa 2018 mostram maior otimismo dos empresários em relação ao ano passado. “Em se tratando de um pós-crise, empresários e consumidores continuam ponderados, mas com uma percepção melhor da economia. O Brasil já saiu da crise, as incertezas vêm diminuindo, e com a queda da taxa de desemprego e estabilidade da inflação, o consumidor está voltando a consumir mais, e essa tendência deverá se manter na Páscoa e nos próximos meses”, destaca Sanzovo.
Encomendas
Assim como em 2017, em relação às encomendas de chocolates, tradicionais na época, os varejistas preferiram ser mais cautelosos, e apostaram nos produtos de menor valor agregado, como as caixas de bombons de 400 gramas (6,7%), chocolates (barra, tablete, etc.) 6,0% e bombons em geral (3,8%). Em relação aos ovos de Páscoa, somente os menores, de até 150g, registraram aumento nas encomendas em relação ao ano passado (0,5%). O restante registrou queda nos pedidos: Ovos de Páscoa acima de 500 gramas (-3,0%) e Ovos de Páscoa de 150g até 500g (-1,6%).
Em contrapartida, alguns produtos bem procurados na data tiveram aumento nas encomendas em 2018: cerveja (6,6%), azeite (5,2%), peixes em geral (5,0%), refrigerante (4,5%), vinhos importados (3,1%), bacalhau (2,7%) e vinhos nacionais (1,9%).
Dos itens típicos, o único que apresentou queda nas encomendas em relação a 2017 foi a colomba pascal (-2,3%).
Preços
Em relação à variação de preços dos produtos (indústrias fornecedoras) na comparação com a Páscoa de 2017, foi observada uma redução nos valores pagos nos últimos anos. A maior alta foi registrada nas barras/tabletes de chocolate (3,4%), seguido das caixas de bombom de 400g (3,2%), bombom em geral (2,8%). Já entre os ovos de Páscoa, uma das maiores variações de preços ocorreu nos de até 150g (3,2%).
Ainda em relação aos preços dos produtos (indústria fornecedoras), as cervejas apresentaram crescimento de 4,1% nas estimativas. Seguidas dos peixes em geral (3,1%), azeites (2,9%), refrigerantes (2,5%) e bacalhau (2,4%). Os Importados em geral, devido ao câmbio, e a colomba pascal foram os itens que apresentaram menor variação nos preços neste ano, 1,4% e 0,6%, respectivamente.
Vendas
Em relação às expectativas de vendas nominais, os supermercadistas estão apostando na cerveja (6,6%). Os ovos de Páscoa permanecem com estimativas de redução real, porém, com indícios de recuperação comparando com a pesquisa de 2017. No grupo dos chocolates, as vendas nominais de caixa de bombom devem crescer 6,7%, com variação real de 3,4%, de acordo com estimativas dos empresários. A colomba pascal é o único item que apresentou redução nas expectativas de vendas (nominal -2,3%, e real -2,9%).
Fonte: Universidade Martins do Varejo (UMV)