Supermercados de todo o Brasil começam a sentir os efeitos da greve dos caminhoneiros. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), alguns estados já sofrem com o desabastecimento de alimentos, que poderá se estender para todo o País, nos próximos dias, se algo não for feito. Em Pernambuco, de acordo com a Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), as consequências já podem ser percebidas em produtos como frutas e verduras.
Segundo o presidente da Apes, Edvaldo Santos, a situação ainda não é alarmante, mas pode se tornar caso a greve dure mais dias. “O que é possível estocar, os supermercados estão bem abastecidos. Porém, quanto aos hortifrutis, que são mais perecíveis e chegam quase que diariamente, a situação pode se complicar”, afirmou.
No Centro de Abastecimento de Pernambuco (Ceasa), apesar de não haver falta registrada, o risco de desabastecimento de alguns itens é mais sério caso a greve não chegue ao fim nos próximos dias. “Estamos trabalhando em cima dos estoques que já tínhamos antes da paralisação. Apenas 40% dos caminhões que descarregam diariamente aqui abasteceram hoje (essa quarta)”, comentou o presidente do Ceasa, Gustavo Melo, que pede calma da população, pois a situação está controlada e sem risco de desabastecimento no curto prazo.
Em Petrolina, produtores do vale do São Francisco estão pagando frete maior para os motoristas. “É uma forma de compensar e ser solidários com nossos companheiros transportadores”, disse o presidente da associação dos produtores do vale, José Gualberto.
Fonte: Folha de Pernambuco