Supermercados de Teresina correm risco de desabastecimento

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“Se a greve dos caminhoneiros não acabar hoje, corre um grande risco de faltar alimento nos supermercados de Teresina no final de semana” – a informação é do presidente da Associação Brasileira de Supermercados no Piauí, Raul Lopes.

 

Ele afirma que fez um levantamento na tarde desta quarta-feira (23) e ainda não havia falta de estoque nos supermercados da capital. “Teresina fica numa região estratégica, por isso ainda não tivemos esse problema, mas no interior do Piauí tem mais possibilidade de faltar”, ressalta.

 

Raul Lopes explica que o risco maior de desabastecimento é de alimentos que são entregues diariamente e no final de semana, o risco é maior porque a movimentação nos supermercados aumenta. De acordo com informações nacionais da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), alguns estados já começaram a sofrer com o desabastecimento de alimentos, o que vai se estender para todo o país nos próximos dias, reafirmando o que disse Lopes.

 

A Abras diz ainda que “está buscando sensibilizar o governo federal para que uma solução seja tomada imediatamente. Evitando, assim, que a população sofra com a falta de produtos de necessidades básicas e com uma eventual elevação nos preços”.

 

Na Nova Ceasa a situação já é preocupante, apesar de não ter faltado alimentos ainda. Segundo o gerente de mercado Marcos Massaranduba, o local está abastecido e atendendo os clientes normalmente, mas os atacadistas já estão sentindo dificuldade para locomover as cargas. “Ainda está chegando alguma coisa, mas se as rodovias continuarem bloqueadas, teremos cada vez mais dificuldades. Nosso modal é rodoviário, então precisamos que os caminhões transitem. A situação está bastante preocupante e esperamos que haja um entendimento logo, porque quanto mais as rodovias ficarem bloqueadas, mais teremos problemas”, pontuou.

 

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) também alerta para a possibilidade de falta de carne nas gôndolas. Os bloqueios estão impedindo o transporte de aves e suínos vivos, ração e cargas refrigeradas destinadas ao abastecimento das gôndolas no Brasil ou para exportações.

 

“A continuar este quadro, há risco de falta de produtos para o consumidor brasileiro. Animais poderão morrer no campo com a falta de insumos. Já temos relatos de unidades produtoras com turnos de abate suspenso. Contratos de exportação poderão ser perdidos e há um forte aumento de custos logísticos com reprogramação de embarque de cargas”, informa a entidade.

 

Fonte: Notícia Diária


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