As vendas de supermercados no Brasil em julho subiram 0,3% em termos reais ante igual período de 2017 e 1,12% na comparação com junho, informou nesta terça-feira (4) a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
De janeiro a julho, houve crescimento real de 1,91% sobre o mesmo intervalo de 2017, uma desaceleração em relação ao desempenho acumulado observado até junho, quando a alta chegava 2%.
"A recuperação da economia ainda é lenta, embora a taxa de desemprego esteja em queda, ainda atinge cerca de 13 milhões de brasileiros economicamente ativos, o que impacta diretamente no poder de compra das pessoas", disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, em nota.
Apesar disso, a associação apontou uma expectativa positiva para os próximos meses, citando o pagamento da primeira parcela do 13º salário de aposentados e a liberação do PIS/Pasep no segundo semestre.
Em 31 de julho, a Abras cortou a 2,53% a projeção de crescimento das vendas do setor supermercadista em 2018, ante estimativa inicial de 3%, destacando a atual conjuntura macroeconômica, incluindo a queda na previsão do PIB para o ano, a alta do dólar e a queda na produção industrial.
Ainda segundo a pesquisa, a cesta de produtos Abrasmercado em julho encareceu 1,64% na base anual e 1,55% no mês a mês, para R$ 464,36. Os itens que tiveram as maiores altas em 12 meses foram leite longa vida (31,05%), massa sêmola espaguete (+22,82%) e farinha de mandioca (+16,99%). Na outra ponta, feijão, tomate e ovo foram os que mais se desvalorizaram em julho ano a ano.
Regionalmente, apenas o Sul e Nordeste registraram queda mensal nos preços da cesta de produtos, enquanto o Norte apresentou a maior alta (+6,65%), seguido por Sudeste (+0,52%) e Centro-Oeste (+0,35%). Com informações da Folhapress.
Fonte: MSN