Ainda que sem um crescimento vertiginoso, as vendas nos supermercados brasileiros seguem no azul. De janeiro a agosto, foi acumulada uma alta real de 1,99% na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Índice Nacional de Vendas Abras, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional.
Em agosto, os supermercados apresentaram alta real de 1,35% na comparação com julho e alta de 3,64% em relação ao mesmo mês de 2017. Em valores nominais, as vendas do setor registraram crescimento de 1,26% em relação ao mês de julho e, quando comparadas a agosto do ano anterior, alta de 7,97%. No acumulado (de janeiro a agosto), as vendas cresceram 5,48%.
Após mostrar desaceleração no acumulado de julho, o autosserviço brasileiro voltou a crescer em agosto. Segundo o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, o resultado tem se mantido acima do PIB, que encerrou o primeiro semestre em 1,1%. Para ele, “no atual cenário econômico e político instável do Brasil, manter números positivos é significativo.” “Os empresários supermercadistas vêm se esforçando bastante para continuar aumentando suas vendas. Estamos próximos do final do ano, com grandes datas para o setor se aproximando, e não mediremos esforços para melhorar nossos resultados”, destaca o executivo.
Produtos
Em agosto, o preço de produtos da cesta Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras, registrou queda -1,26%, passando de R$ 464,36 para R$ 458,53. Foram avaliados os 35 produtos mais consumidos nos supermercados, incluindo alimentos que compõe a cesta básica, cerveja, objetos de higiene e limpeza doméstica. Dentre os itens destacam-se açúcar, arroz, feijão e leite. Os produtos com as maiores quedas nos preços em agosto foram: cebola, batata, massa sêmola espaguete e tomate.
As maiores altas foram registradas nos itens: xampu, farinha de trigo, extrato de tomate e desinfetante.No mês de agosto, todas as regiões brasileiras apresentaram queda nos preços da cesta Abrasmercado. A Região Sudeste foi a que apresentou a maior variação negativa (-2,26%), chegando a R$ 442,86.
O resultado foi impulsionado pelo interior de Minas Gerais (-2,86%), Grande Belo Horizonte (-2,70%) e interior de São Paulo (-2,54%).
Confiança
De acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela Abras em parceria com a GfK, os empresários de supermercados estão mais otimistas em relação ao setor. Em agosto, a pesquisa registrou 50,1 pontos (numa escala de 0 a 100), resultado 3,2 pontos percentuais a mais em relação à última avaliação, realizada em junho.
Fonte: New Trade