O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, participou na quarta (9) da mesa redonda “A voz da liderança das cadeias produtivas do Brasil”, no 4º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo, junto com outras autoridades do setor produtivo.
Ao participar do Congresso, Martins disse que é preciso que as mulheres conquistem cada vez mais espaço no setor, citou exemplos de profissionais que estão à frente dos maiores programas do Sistema CNA/Senar e afirmou que o evento é uma ótima oportunidade para a troca de experiências e conhecimento do trabalho realizado em várias regiões do país.
“No Brasil, a mulher tem aumentado sua participação no setor agropecuário, mas infelizmente ainda está em desvantagem. Em cada 10 empregos no campo, apenas 20% são ocupados por mulheres. Temos que corrigir essa distorção no perfil do agro”.
O Sistema CNA/Senar promove uma série de ações para as participantes do Congresso, como a Rodada Internacional de Negócios, a Vitrine de Negócios e o Prêmio Brasil Artesanal 2019, uma iniciativa do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais para reconhecer os melhores chocolates artesanais do país produzidos por mulheres.
Durante a mesa redonda, o presidente da CNA também apresentou dados dos projetos e programas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) focados no público feminino. Desde 2017, o Programa Mulheres em Campo, criado para ampliar o protagonismo feminino na administração das empresas rurais, já capacitou 8 mil mulheres.
João Martins também afirmou que o setor agropecuário passa por mudanças significativas e os produtores brasileiros têm se esforçado cada vez mais para produzir com qualidade e sustentabilidade.
“Quando vejo um evento como esse, com esse público, me sinto satisfeito. As mulheres buscam o que há de mais moderno e eficiente no setor para aplicar no processo produtivo”, destacou.
Por fim, o presidente da CNA, destacou a importância da organização da produção rural. “Precisamos ser cada vez mais eficientes e mais competitivos. E não existe produção organizada sem que o produtor esteja organizado”.
Na mesa redonda também participaram João Dornellas, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA); Marcio Milan, superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras); e Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG).
A mediação foi feita por Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho, coordenador do Grupo de Pesquisas Pensa, da FEA/USP.
Fonte: Notícias Agrícolas