Varejista quer se tornar “digital first” e mantém setor de alimentos como uma área chave de sua estratégia
O Walmart vem reforçando sua vocação digital, com o foco de atender os clientes da forma como eles quiserem. Nesse processo de digitalização, a área de alimentos continua sendo considerada estratégica pela rede, mas agora com uma perspectiva omnichannel.
Segundo a empresa, ser omnichannel é uma forma de diversificar suas fontes de receita e alcançar os clientes em mais oportunidades de consumo. “Estamos em uma posição de sermos flexíveis e atender as pessoas como elas quiserem ser servidas”, afirma Doug McMillon, CEO da varejista. “Se eles quiserem comer em casa, temos como atender. Se quiserem ir até uma loja, estamos lá. Se quiserem as compras entregues em casa, também oferecemos essa opção”, acrescenta.
A varejista tem ido além de aspectos puramente transacionais. Um exemplo é uma parceria multiplataforma fechada com o grupo de mídia Meredith para ajudar os consumidores a planejar e preparar suas refeições mais rapidamente. O acordo envolve uma série de ferramentas digitais, incluindo um planejamento de refeições a partir de Inteligência Artificial, receitas que podem ser clicadas e colocadas no carrinho de compras e chatbots, entre outros. Uma ferramenta de busca por imagem permite que os clientes fotografem o que têm em suas geladeiras, para que o sistema sugira receitas com os produtos.
Nos últimos dois anos, o Walmart investiu mais de US$ 11 bilhões em e-commerce, tecnologia, analytics e supply chain, com destaque para o Walmart Plus (um sistema de assinatura) e o seu marketplace, focado em pequenos e médios negócios. Com o fulfillment realizado também pela empresa, o Walmart abre uma nova fonte de faturamento. O plano recém-anunciado de oferecer serviços de delivery também para quem não faz parte de seu marketplace, por meio do Walmart GoLocal, também vai nessa linha.
A rede varejista também quer monetizar os dados dos clientes por meio do Walmart Connect, uma plataforma que conecta clientes às marcas da indústria a partir dos dados de consumo nos canais de venda da rede. A partir dos dados de comportamento de compras, a indústria ganha a possibilidade de realizar ações de marketing personalizadas nas lojas e canais digitais da varejista. “Quando você se torna digital, ganha a capacidade de construir novos negócios em cima do que você já tem, potencializando seus resultados de uma forma eficiente e gerenciável”, completa McMillon.
Redação SuperHiper