São Paulo - O Grupo Carrefour Brasil, unidade local da rede varejista francesa, vai procurar manter algum equilíbrio entre a competitividade de preços e margens saudáveis para ganhar participação de mercado em meio a uma lenta recuperação econômica, disseram executivos nesta sexta-feira.
O Carrefour Brasil continuou a ganhar participação nos segmentos de atacarejo, hipermercados e lojas de conveniência durante o primeiro semestre, disse o presidente-executivo, Charles Desmartis, em uma teleconferência para discutir os resultados do segundo trimestre.
A presença geográfica no Brasil está fornecendo à varejista um colchão contra o aumento da concorrência e o impacto da recessão recorde, disse Desmartis. A inflação dos alimentos afetou as margens e teve pouco impacto no volume de vendas, disse ele e outros executivos.
Em termos de perspectivas para a recuperação, Desmartis disse que não viu "nenhuma mudança substantiva nas condições econômicas" nas últimas semanas. Os economistas reduziram suas estimativas para o crescimento econômico este ano à luz da crescente incerteza política.
O Carrefour Brasil, que foi listado em bolsa no mês passado, na maior oferta pública inicial de ações do Brasil em quatro anos, teve lucro líquido de 299 milhões de reais no último trimestre, queda de 3,4 por cento sobre um ano antes. O lucro líquido atribuível aos acionistas controladores aumentou 9,9 por cento, na mesma comparação, para 279 milhões de reais.
As vendas líquidas aumentaram 8,8 por cento, com os segmentos não alimentares ajudando a compensar a redução na demanda por alimentos e o impacto da desaceleração da inflação nos preços. Enquanto as despesas financeiras líquidas aumentaram 21 por cento, os impostos caíram 40 por cento, sustentando os resultados.
Fonte: Reuters