Plano para aliviar sistema elétrico inclui troca de lâmpadas públicas
Previsto no plano elaborado pelo governo para dar suporte ao sistema elétrico, o acionamento dos geradores dos shopping centers durante o horário de pico de consumo já é uma prática comum.
Segundo Luis Augusto da Silva, diretor da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), a maioria dos centros de compras aciona os seus geradores durante o horário de ponta por uma razão econômica. Durante esse período, normalmente entre as 18h e as 21h, as tarifas válidas aos consumidores em alta-tensão são mais caras do que as aplicadas sobre as horas restantes. A Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) confirma que a maioria dos shoppings já aciona os seus geradores no horário de pico.
Segundo o presidente da entidade, Glauco Humai, além da economia, a medida também tem o objetivo de evitar a sobrecarga do sistema. "Os geradores são acionados em algumas horas do dia, em momentos de sobrecarga para garantir o abastecimento. Não foram pensados para funcionar 24 horas por dia."
Caso os geradores, movidos a diesel ou gás, precisem ficar ligados durante um período maior para aliviar o sistema, haverá um aumento de custos com energia, que será imediatamente rateado entre os lojistas, segundo Humai. Ele evita estimar valores, pois o cálculo varia de acordo com o shopping e com a fonte de energia utilizada.
Segundo o presidente da Abrasce, desde a crise energética de 2001 os shoppings reduziram em 30% o seu consumo de energia elétrica devido a ações de redução de consumo e à cogeração.
LÂMPADAS DE LED
Neste domingo (1º), o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que o governo quer que shoppings acionem seus geradores para dar suporte ao sistema. A Folha apurou que outra medida em estudo é modernizar equipamentos da iluminação pública. A proposta é fazer a substituição das lâmpadas tradicionais --usadas em ruas, prédios públicos, escolas e postos de saúde-- por versões mais modernas e econômicas, as de LED.
Cálculos iniciais usados como base para a proposta mostram que 30% do consumo de energia do país vem dos sistemas de iluminação. A mudança será feita gradualmente e não há prazo para sua conclusão ou previsão de gastos. (TATIANA FREITAS, NATUZA NERY E JULIA BORBA)
Veículo: Folha de S. Paulo