Empresa mineira desenvolve código por radiofreqüência

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"A identificação por radiofreqüência é como um código de barras com aplicações mais amplas". Assim o engenheiro em Telecomunicações e empresário Bruno Mecchi Gouvea define a tecnologia que serve de base para todos os produtos de sua empresa, a Nibtec.

 

A empresa, instalada no pólo de eletro-eletrônicos de Santa Rita do Sapucaí (MG), está entre as poucas nacionais a trabalhar com a identificação por radiofreqüência.

 

"No Brasil, os similares são bem inferiores. Conseguimos reduzir o tamanho dos equipamentos e fazer redes mais inteligentes", afirma Bruno. Desde a tecnologia até a fabricação em série, os produtos são inteiramente produzidos em Santa Rita do Sapucaí.

 

A empresa nasceu de forma curiosa, quando o então estudante se comoveu com o caso do menino Pedrinho, roubado quando bebê, nos anos 80, de uma maternidade em Goiânia. "Pensei que poderia criar uma solução para o problema", lembra Bruno. A tecnologia foi usada para rastrear bebês dentro de hospitais por meio de pulseirinhas de identificação. "Os outros produtos criados a partir daí tiveram uma viabilidade muito maior e decidimos tirar o primeiro de linha".

 

"Nosso próximo lançamento será um sistema de identificação de produtos", adianta Gouvea. Com a novidade, será possível rastrear itens com até sete metros de distância. "Um lote inteiro de mercadorias pode ser identificado de uma só vez, ao passar por um portal", exemplifica o engenheiro de telecomunicações. A solução deverá estar no mercado em cerca de cinco meses.

 

A empresa acaba de sair da incubadora do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), onde ficou instalada desde a fundação, há três anos. A expectativa para 2008 é de que o faturamento dobre em relação ao 2007. A Nibtec está buscando na 10ª edição da Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel), que acontece até sábado no Inatel parceiros dispostos a distribuir os produtos, um de controle de acessos em ambientes e outro de controle de ponto de funcionários em empresas.

 

TV Digital. Já a Linear, fabricante de transmissores de TV, está apresentando na feira um produto inédito no País - o transmissor e receptor de microondas para TV Digital para versão ISTB (padrão brasileiro). "Os aparelhos são responsáveis por transmitir e receber os sinais digitais - as microondas -, proporcionando 100% de qualidade nas imagens que chegam à casa do telespectador", explica o diretor comercial da empresa, Luiz Rodrigo Openheimer.

 

Durante a feira, a Linear irá demonstrar o funcionamento do sistema de emissão e de recepção de sinais da TV Digital Brasileira apresentando suas características aos visitantes. "Além de ser um produto inédito no mercado nacional e japonês, é uma tecnologia totalmente brasileira e pronta para distribuição. A maior vantagem para o telespectador é o sinal de qualidade que vai chegar à TV", detalha Openheimer.

 

A Linear já produziu mais de 34 mil aparelhos desde o início dos trabalhos com circuitos digitais, em 2000. Cerca de 20% da produção da empresa é exportada, principalmente para os EUA, e a expectativa é que esse número cresça para 30% até 2009.

 

Outra novidade da Linear durante a Fivel será o anúncio do receptor Mux, que permite maior interatividade na programação e qualidade na imagem. Com o crescimento e a rápida evolução do segmento de TV Digital no Brasil e no mundo, a direção da empresa espera aumentar o faturamento em 30% até o final do ano.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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