Corporações procuram ações de controle na tecnologia da informação.
As empresas desenvolvedoras de softwares e treinamentos em tecnologia da informação (TI) têm sido beneficiadas pela crise financeira internacional, na medida em que as corporações procuram investir em ações preventivas de controle financeiro e em sistemas de serviço para a clientela.
É o caso da PD Case, cuja carteira de clientes contempla bancos do país. "Os bancos nacionais têm um controle maior dos sistemas financeiros do que as instituições norte-americanas, por exemplo. Por recomendação do Banco Central, os bancos deverão investir em softwares integrados para oferecer maior agilidade e eficiência no atendimento aos clientes", analisou o sócio-diretor da PD Case, Nilo Siqueira.
A empresa estima atingir faturamento de R$ 20 milhões em 2008, o que representa um aumento de 30% frente ao ano passado. Em 2009, o índice de crescimento poderá registrar 35% com uma receita bruta de R$ 25 milhões. Até 2010, as perspectivas são positivas. "A expectativa para os próximos dois anos é incrementar o número de clientes atendidos, saltando das atuais 50 empresas para 150 companhias", revelou.
Segundo Siqueira, o software desenvolvido pela PD Case, o PD Bank, contribui para que o mercado financeiro otimize os serviços. O produto é o que apresentou o maior número de vendas. Além do item direcionado à área financeira, a PD Case atua como "fábrica de software", desenvolvendo soluções customizadas. "Outro foco é na área de treinamentos em TI que é feita a partir da necessidade do cliente, gerada pela carência de mão-de-obra qualificada no mercado", disse.
A PD Case possui quatro fábricas instaladas em Belo Horizonte, São Luís (MA), Belém (PA) e Vitória (ES). Apenas nos centros de desenvolvimentos de softwares são 100 funcionários que atuam em diversas funções, tais como analistas de requisitos, gerentes de projetos, desenvolvedores, analistas de configuração e analistas de testes. A empresa deve fechar este ano com um total de 220 funcionários em todos os setores, o que representaria um percentual 30% superior a 2007.
Orçamento - Siqueira explicou que para se desenvolver um software para empresas de médio e grande portes, são necessárias 15 mil horas/funcionário. "Em média, um software de porte médio fica pronto em até seis meses", revelou. O dirigente disse ainda que o orçamento é calculado mediante o tamanho do projeto e por uma análise métrica adotada internacionalmente. "Um projeto que envolva mil pontos de função, por exemplo, pode custar R$ 300 mil", disse.
A PD Case presta serviços para o Banco da Amazônia, Banco do Estado do Pará (Banpará) Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco Semear, Banco Mercantil e Banco Bonsucesso. A empresa oferece produtos desenvolvidos em soluções Java para o universo Open Source e Net para a tecnologia microsoft.
Os softwares oferecidos são responsáveis pelo processamento, controle e gestão das áreas de controladoria e controles internos, gestão de clientes, mercado e captação, crédito e fomento e suporte aos canais de atendimento. Além de instituições financeiras, a empresa presta serviços para a Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Companhia de Processamentos de Dados de Minas Gerais (Prodemge) e para a Empresa de Informática e Informação de Belo Horizonte (Prodabel).
Veículo: Diário do Comércio - MG