Nestlé busca ingrediente que aja como exercício

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Escondidos perto do Lago Genebra, um punhado de cientistas da Nestlé trabalha silenciosamente para realizar o sonho de todas as pessoas preguiçosas que passam o tempo todo diante da TV: o exercício "engarrafado".

 

 



A maior companhia de alimentos do mundo, conhecida pelos chocolates KitKat e pelas cápsulas de café Nespresso, diz que identificou como uma enzima encarregada de regular o metabolismo pode ser estimulada por um composto chamado C13, um possível primeiro passo no desenvolvimento de uma maneira de copiar o efeito eliminador de gordura dos exercícios. As descobertas foram publicadas na publicação científica "Chemistry & Biology" em julho.

Daí para o surgimento de "shakes" de emagrecimento e petiscos ainda há um longo caminho, mas oito cientistas do Instituto Nestlé de Ciências da Saúde de Lausanne, na Suíça, estão em busca de substâncias naturais que possam agir como gatilhos. O compromisso da Nestlé com esse tipo de projeto mostra como a companhia está trabalhando para acabar com a desilusão dos consumidores com os alimentos industrializados.

"A diferença entre alimentos e produtos farmacêuticos vai diminuir nos próximos anos", afirma Jean-Philippe Bertschy, analista do Bank Vontobel. "As empresas com portfólios de alimentos diversificados e saudáveis serão as vencedoras."

Os números já apontam para isso. O avanço dos alimentos percebidos como benéficos à saúde, como as massas livres de glúten e os sucos orgânicos, deverá superar definitivamente o crescimento dos produtos industrializados tradicionais até 2019 - após fazer isso quase todos os anos na última década, segundo a empresa de pesquisas Euromonitor.

No piso térreo de um prédio em forma de caixote, localizado no campus do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça em Lausanne, os cientistas da Nestlé estão selecionando substâncias naturais como extratos de frutas e plantas, para descobrir quais podem modular a enzima chamada AMPK, que atua como uma chave geral metabólica que facilita o uso do açúcar e das gorduras pelo organismo.

O objetivo é desenvolver um produto nutricional que imite ou reforce o efeito dos exercícios físicos para pessoas com mobilidade limitada devido à idade, diabetes ou obesidade, diz o cientista Kei Sakamoto, da equipe da Nestlé. Os testes em animais só devem começar daqui vários anos, acrescenta.

"A enzima pode ajudar as pessoas que não toleram exercícios físicos rigorosos e contínuos", diz Sakamoto. "Em vez de 20 minutos correndo ou 40 minutos andando de bicicleta, ela poderá ajudar a estimular o metabolismo com exercícios moderados. As pessoas obterão efeitos parecidos com menos esforço."

Ativar a enzima AMPK é um objetivo que as companhias farmacêuticas perseguem há anos.



Veículo: Valor Econômico


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