No Brasil, a procura por café especial disparou e os negócios só crescem
Assim como o mercado de vinhos e o de cervejas, o setor de cafés especiais tem conquistado cada vez mais espaço no paladar do consumidor. O bom momento de consumo da bebida é destacado também por Leonardo Tauil, head of Coffee & Beverege Business na Nestlé, que afirmou ser “o melhor momento da categoria no Brasil”.
Ele explica que a Nestlé notou esse início de transformação no mercado de café há cinco anos e que hoje em dia até em harmonização esses consumidores estão interessados. “O consumidor tem tido mais interesse em saber a bebida que ele tem ali, quais são as características sensoriais, de onde veio o grão, qual a torra que o grão passou”, afirma.
Outro conceito citado por Tauil está relacionado ao paladar dos consumidores. Segundo ele, o consumidor não retrocede com seu paladar, portanto, uma vez que ele experimenta produtos de uma qualidade melhor, dificilmente irá voltar aos produtos de qualidade inferior.
“A Nestlé, entendendo isso [crescimento do setor], hoje considera e trabalha para que as categorias de café sejam drivers de crescimento da empresa globalmente, e no Brasil não é diferente”, ressalta o especialista.
Ainda pensando nesse mercado, a Nestlé recentemente lançou uma máquina chamada Polaro, que foi desenvolvida pensando nas bebidas geladas. Outra máquina, pertencente às inovações premium, que também tem sido um dos principais desenvolvimentos da marca é a “Roastelier by Nescafé”, que permite ao consumidor escolher a intensidade da torra do café.
“São muitas inovações que a gente traz para fora do lar para endereçar todo esse movimento de mercado e esse consumo que vem surgindo para um consumidor cada vez mais exigente”, destaca Tauil.
Outros projetos
Além da importância que a Nestlé tem dado ao café globalmente, no Brasil a empresa tem se destacado pelo seu novo modelo conhecido como feito com. “Esse modelo foi uma alternativa que a gente enxergou de levar as marcas da Nestlé com mais visibilidade para fora do lar”, diz Tauil.
O modelo consiste em dar visibilidade para as marcas e também para quem as utiliza, para que o empreendedor também possa utilizar as forças da marca sem nenhum custo por trás. “Uma coisa é a fatia de bolo e outra é o bolo com Kitkat, ou uma palha italiana e uma palha italiana feita com leite Ninho”, explica o executivo. Ele completa ao dizer que existe uma questão de auditoria para garantir a qualidade, mas é que é uma questão resolvível.
“Eu acho que esse é um dos grandes projetos que fez a gente superar os momentos de crise nos últimos anos e que impactaram todos e que é um mar de infinidades”, finaliza Tauil.
Fonte: Marcelo Audinino, Mercado & Consumo