Governo de SP reduz tributo sobre galões; setor espera queda de até 6% nos preços
Em meio à crise hídrica que afeta a cidade de São Paulo, o preço da água mineral na capital subiu 1,4% na última semana de janeiro, ante mesmo período de dezembro, segundo pesquisa da Fipe. Na terça (27), a Sabesp (estatal de saneamento) admitiu, pela primeira vez, que pode adotar um rodízio para a região metropolitana de São Paulo. A possibilidade mais drástica seria de cinco dias sem água para dois com abastecimento.
Preocupados, paulistanos já começaram a estocar água, e mercados e distribuidoras viram as vendas de galões e garrafas dispararem. No Sam's Club (clube de compras do Walmart), por exemplo, a venda de água cresceu 105% em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Na atacadista Maxxi, o crescimento foi de 166%.
Considerando o mês de janeiro inteiro, o preço da água mineral recuou 0,54%, ante dezembro. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) do período teve alta de 1,62%. "A perspectiva não é que essa queda perdure, porque quanto mais a crise hídrica se acentua mais o preço da água tende a aumentar", diz André Chagas, coordenador de índices de preços da Fipe.
Em 2014, a inflação da água mineral foi de 14,68%, enquanto o IPC do período foi 5,2%.
CESTA BÁSICA
Na segunda (2), o governo paulista reduziu de 18% para 7% a alíquota do ICMS sobre galões de 10 e 20 litros de água mineral, com a mudança na classificação, de "bebida fria" para "alimentos", que inclui produtos da cesta básica. A expectativa do setor é que a iniciativa reduza em até 6% o preço final.
Veículo: Folha de S. Paulo