Fabricante da marca Maria Andante elevou o volume processado de 5 mil para 6,5 mil garrafas por mês
A Uno Cachaças Finas, fabricante da marca Maria Andante, comemora o bom desempenho do produto no mercado. Desde novembro, quando as versões ouro e prata da cachaça foram lançadas, a empresa enxergou a necessidade de ampliar a produção em 30%. Com isso, a fabricação, que inicialmente era de 5 mil garrafas por mês, passou para 6,5 mil garrafas mensais em dezembro.
Conforme o gerente de Vendas, Bruno Soares, a expectativa é de que o índice continue crescendo ao longo dos próximos meses e a meta é atingir a média mensal de 15 mil garrafas até o fim deste exercício. Para isso, a empresa deve investir R$ 150 mil em 2015, montante que será direcionado à contratação de funcionários, ações de divulgação e aquisição de equipamentos. Ele também adianta, sem revelar detalhes, que dois novos rótulos serão lançados neste ano.
A Maria Andante ainda diversifica as suas embalagens. Na ocasião do lançamento, as bebidas estavam disponíveis somente nas embalagens box ou madeira, cujo preço no atacado varia entre R$ 42,90 e R$ 48,90. Em janeiro, a empresa lançou a versão dose, mais simples e comercializada a um valor mais em conta, R$ 27 no atacado. Ela é destinada destinada a bares e restaurantes, enquanto as demais são vendidas para supermercados, empórios e lojas especializadas.
No momento, a marca já está presente em quatro estados, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. Minas Gerais é a principal praça e responsável por cerca de 20% da receita total, seguida por São Paulo, onde são gerados 8% do faturamento global. "Esses dois são os mercados considerados mais interessantes, pois é onde as pessoas consomem maior volume da bebida", explica o gerente de Vendas.
Contudo, ele pondera que a diferença tributária encarece o produto, o que dificulta a comercialização da cachaça mineira no estado vizinho. Soares ainda revela que a Maria Andante pretende intensificar a sua atuação no Nordeste e já começa a chegar a Fortaleza e Natal, duas das principais capitais da região.
Na visão dele, os maiores desafios são consolidar a marca e combinar bom preço e qualidade em meio a um cenário no qual a elevação dos encargos pressiona cada vez mais os valores dos produtos. "Este é um ano de mudanças na política e estamos cautelosos. Não temos dúvidas de que será um período difícil, mas não é impossível fazer com que as coisas aconteçam", avalia, com otimismo. A organização emprega 30 colaboradores e é gerida pela fundadora, Ariane Aparecida Silvério.
Polêmica - O nome Maria Andante certamente remete o consumidor a uma outra marca mineira, a João Andante, que ganhou visibilidade nacional após ser processada pela multinacional Diageo, detentora, entre outras, da marca de whisky Johnnie Walker. Isso porque uma das traduções do nome para o português poderia ser João Andante, o que levou a companhia a acusar a empresa de plágio. Com a perda do processo, os empreendedores foram obrigados a alterar o nome do produto para O Andante.
A Diageo entende que o nome Maria Andante também faz referência ao whisky e repetiu a acusação, embora a marca esteja registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) desde 2013. O processo ainda está em tramitação e, segundo o gerente de Vendas, o nome foi uma maneira que a fundadora encontrou para homenagear uma amiga, também chamada Maria.
Veículo: Diário do Comércio - MG