Água em garrafão de 20 litros custa até R$ 45
O recurso natural e essencial ao homem, cada vez mais escasso, está também mais caro. É o que constatou a pesquisa do Procon Assembleia de Minas Gerais (Procon-MG), realizada em cem estabelecimentos de oito regiões de Belo Horizonte. O preço do garrafão de água mineral de 20 litros na capital já varia até 200%.
Se o produto for adquirido com o vasilhame, os preços variam de R$ 15 a R$ 45. Já com a troca do garrafão, o consumidor encontra preços entre R$ 7 e R$ 18,50, uma diferença de 169,29%. Os preços mais baixos da água potável foram registrados em estabelecimentos da Região Leste de BH.
O preço médio só da água vendida na Região Centro-Sul é de R$ 13,78, na Região Oeste é de R$ 12,77, na Leste é de R$ 11,29, na Noroeste chega a R$ 11,99, na Nordeste a R$ 11,54, na Norte é de R$ 11,67, no Barreiro é de R$ 13 e na Pampulha é de R$ 12,87. O valor médio cobrado pela água com garrafão é de R$ 29,05 na Região Centro-Sul, R$ 30,35 na Região Oeste, R$ 28,59 na Leste, R$ 29,61 na Noroeste, R$ 33,73 na Nordeste, R$ 29,80 na Norte, R$ 33,13 no Barreiro e R$ 31,31 na Pampulha.
De acordo com o Procon-MG, o consumidor que quiser economizar no gasto com a água mineral deve pesquisar pelo menos entre as revendas instaladas na própria região. A variação de preços passa dos 100%, como ocorre na própria Região Leste, chegando a 114,29% para a água sem o garrafão e 133,33% para o produto com o vasilhame.
A variação de preço para a água vendida sem o garrafão foi de 57,08% na Região Centro-Sul, 50% na Região Oeste, 50% na Noroeste, 55,56% na Nordeste, 30% na Norte, 50% no Barreiro e 60% na Pampulha. Já o preço da água com garrafão variou 42,57% na Região Centro-Sul, 100% na Oeste, 61,62% na Noroeste, 114,29% na Nordeste, 29,63% na Norte, 60,71% no Barreiro e 87,63% na Pampulha.
Mas não basta apenas verificar o preço. Muitos consumidores desconhecem, mas tanto o garrafão quanto a água dentro dele têm prazo de validade. Por isso, é preciso observar essas informações antes de comprar. A data de validade do garrafão normalmente está impressa em alto relevo na parte superior do próprio vasilhame. Já a da água pode ser encontrada no lacre colocado pela companhia envasadora.
O Procon Assembleia lembra ainda que os revendedores são obrigados a aceitar dos clientes garrafões com prazo de validade já expirado. Segundo a Nota Técnica 61, de 2010, do Departamento Nacional de Defesa e Proteção do Consumidor (DPCD), o custo da troca dos vasilhames vencidos é dos fornecedores, que “não podem nem devem transferir aos consumidores os riscos de sua atividade”.
Veículo: Diário de Pernambuco