Resultados do 1º trimestre indicam retração de 3% nos negócios
Há quase 70 anos no mercado, a Mate Couro S/A, com sede no bairro Glória, região Noroeste de Belo Horizonte, vive um momento de cautela. Isso porque os resultados do primeiro trimestre deste ano indicam retração de 3% na comparação com idêntico intervalo do exercício passado. A variação negativa foi impulsionada pelo mau desempenho registrado em fevereiro, marcado pelo Carnaval.
As informações são do gerente Comercial, Lázio Divino Pinto. De acordo com ele, a folia impulsiona a venda de bebidas alcoólicas, porém o mesmo não acontece com os refrigerantes. "Fevereiro é um mês curto e o feriado reduziu, ainda mais, o número de dias úteis. Em janeiro, devido ao calor extremo, tivemos crescimento, e em março empatamos com idêntico mês de 2014", afirma.
De acordo com ele, a empresa não projeta crescimento real para este ano e espera concluir 2015 com um incremento tímido, de 5%, do faturamento. O mau momento econômico vivido pelo país também motiva a Mate Couro a adiar os investimentos previstos para o período. Conforme Divino Pinto, a diretoria planejava investir R$ 2 milhões na aquisição de uma nova máquina. "Vamos esperar e ver se o rumo da economia do país melhora", lamenta o gerente Comercial.
Entre 2013 e 2014, a Mate Couro realizou seu último investimento significativo. No intervalo, a empresa aportou R$ 3 milhões em máquinas, montante parcialmente financiado com recursos do Finame, programa de financiamento de máquinas e equipamentos promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A fábrica funciona no mesmo local desde 1974, em um terreno cuja área total é de 50 mil metros quadrados. A área construída está estimada em 25 mil metros quadrados. A unidade fabril produz o Mate Couro nas versões tradicional e zero, além de refrigerantes de outros sete sabores e sucos da linha Fruit. Neste mês, a empresa lançou a sua própria marca de água mineral.
Otimismo - Apesar do cenário turbulento, a Mate Couro pretende ampliar seu mercado consumidor. Atualmente, cerca de 98% do total produzido são distribuídos em Minas Gerais, entretanto o produto ainda não está presente em praças importantes. Segundo Divino Pinto, a bebida deve chegar à região Sul e ao Triângulo a partir de meados do segundo semestre.
O principal mercado consumidor ainda é a Capital e municípios da região metropolitana. A empresa tem uma tímida atuação no Espírito Santo e Maranhão, para onde se destinam 2% da produção. "A logística de entrega não favorece a expansão da marca para outros estados, pois os fretes são praticamente inviáveis", reclama. Hoje, o Mate Couro pode ser encontrado em 50 mil pontos de venda.
Veículo: Diário do Comércio - MG