Fábrica será inaugurada no dia 11 com capacidade para produzir 2,1 bilhões de litros de refrigerantes por ano
A fábrica da Coca-Cola Femsa em Itabirito, na região Central do Estado, será enfim inaugurada. Depois de adiar por duas vezes o início das operações, o grupo Fomento Econômico Mexicano S/A (Femsa) vai dar início aos trabalhos no próximo dia 11, com a presença do governador Fernando Pimentel, do prefeito de Itabirito, Alex Salvador, do diretor geral e executivo da Femsa, Carlos Salazar Lomelín, e do presidente da Coca-Cola Femsa Brasil, José Ramón Martínez.
Com investimentos da ordem de US$ 258 milhões, a nova unidade fabril tem aproximadamente 65 mil metros quadrados de construção em uma área de cerca de 300 mil metros quadrados. A fábrica terá capacidade anual instalada para a produção de 2,1 bilhões de litros de refrigerantes, equivalentes a um incremento de aproximadamente 47% na capacidade instalada da atual unidade fabril em Belo Horizonte. A expectativa é de que a unidade gere cerca de 700 empregos diretos e indiretos.
Prevista para entrar em operação em setembro do ano passado, as atividades foram adiadas para o início de 2015, o que não ocorreu. Depois, a empresa informou que as operações deveriam começar até o fim deste semestre. Em ambas as ocasiões, a Femsa justificou os atrasos com a realização de testes minuciosos nas linhas de produção. "A empresa não abre mão de aplicar o tempo que for necessário para a realização desses testes, mesmo que isso implique atrasos na operação, pois visamos sempre garantir a melhor qualidade dos produtos entregues ao nosso consumidor de bebidas", informou na época a empresa.
Arrecadação - O prefeito de Itabirito, Alex Salvador, destaca a importância do investimento para o Estado e para o município. Segundo ele, a principal contribuição das atividades da nova unidade ocorrerá a partir da diversificação econômica. Atualmente, a mineração é responsável por 70% dos repasses de impostos ao município. "Precisamos dessa diversificação, porque em momentos como este, em que a mineração está em baixa, a arrecadação municipal sofre as conseqüências da alta dependência de um único setor", argumenta.
Com o início das operações na fábrica, a previsão é que a arrecadação municipal seja ampliada entre 30% e 40%. Em outra oportunidade, Salvador chegou a afirmar que "é possível falar de Itabirito antes e depois da vinda da fábrica da Coca".
"Com a baixa arrecadação da Cfem (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), já estamos amargando uma baixa de 35% nos recolhimentos. Se a planta já estivesse em operação, esse impacto poderia ser amenizado", observa.
A empresa não chegou a divulgar o número exato de funcionários que a planta de Itabirito demandará para sua operação, mas o efetivo deverá ser de aproximadamente mil trabalhadores. Parte será transferida da planta de Belo Horizonte. Atualmente, a empresa emprega, em todas as operações no Estado, 3,5 mil pessoas.
Conforme já publicado no DIÁRIO DO COMÉRCIO, uma nova planta fez-se necessária para as operações da empresa a partir do momento em que a fábrica de Belo Horizonte passou a operar à plena carga e não havia mais espaço físico para ampliações. A unidade fica às margens do Anel Rodoviário, o que facilita o escoamento da produção para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e demais regiões de Minas Gerais.
Já a escolha de Itabirito pela empresa foi amparada por uma série de aspectos técnicos, como o acesso à malha rodoviária, logística para escoamento da produção, área e questões ambientais.
Veículo: Diário do Comércio - MG