Fatia da BRF nas vendas do mercado interno deve crescer, diz Furlan

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Luiz Fernando Furlan, copresidente do Conselho de Administração da BRF-Brasil Foods, afirmou que a participação do mercado doméstico no volume de vendas da companhia tende a crescer este ano como reflexo da demanda local aquecida e consumo internacional ainda com sinais de fraqueza. Furlan explicou que a recuperação das exportações da empresa está ocorrendo de forma assimétrica entre os diferentes mercados, sem que esteja claro um quadro de total normalidade.

 

Ele disse que o Japão, por exemplo, é um mercado que ainda não se recuperou, mas alguns países da Europa já apresentam melhores condições de demanda. Oriente Médio e América Latina, acrescentou Furlan, continuam bem em termos de consumo. "O quadro não está claro, mas o mercado interno tende a crescer mais.Diante desse quadro, duas das unidades inauguradas recentemente pela BRF devem atuar com foco no mercado doméstico", disse Furlan, referindo-se à fábrica de processados, aberta no ano passado em Vitória de Santo Antão (PE) pela Sadia, e à unidade de lácteos, da Perdigão, em Bom Conselho (PE). "Estamos olhando para a classe média emergente", diz.

 

Em 2009, de acordo com dados acumulados até setembro, o mercado interno respondeu por 57,4% da receita operacional líquida da BRF, de acordo com o demonstrativo pró-forma que inclui também os números da Sadia do terceiro trimestre do ano passado.

 

Exportações

 

O setor privado está menos otimista que o governo em relação às exportações de carnes em 2010. Enquanto o Ministério da Agricultura prevê crescimento em torno de 5%, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) pondera expansão entre 2% a 3% este ano. "Tudo vai depender da variação do dólar e da abertura de mercados que o Brasil alcançar", disse Pedro Camargo, presidente da Abiec, em reunião de trabalho que teve no ministério. Na ocasião, o secretário de Relações Internacionais, Célio Porto, falou sobre a política de exportações da pasta com empresários do setor.

 

Segundo Porto, a expectativa é de que este ano deverá ser melhor que 2009, para o setor agroexportador, que teve excelente desempenho em 2008, em relação a preços e quantidades.

 

Ele disse que o Brasil vai trabalhar em 2010 para mostrar a países como Japão, Coreia e Estados Unidos que a carne bovina brasileira é boa e está em condições de atender s exigências desses mercados.

 


Veículo: DCI


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