O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ficou com quase a totalidade das debêntures emitidas pela JBS S.A. durante o exercício do direito de preferência dos acionistas, que terminou no dia 29 de janeiro.
A emissão dos papéis, que são conversíveis em BDRs, recibos lastreados em ações ordinárias da JBS USA, faz parte da capitalização da empresa para a compra de 64% da americana Pilgrim's Pride, a incorporação da Bertin e redução de endividamento.
No detalhamento da operação, a JBS informou ontem que o BNDES comprou 1.302.035 das 1.303.137 debêntures subscritas durante o prazo para o exercício do direito de preferência. O volume comprado pelo banco totaliza um montante de R$ 2,265 bilhões.
O BNDES aprovou um investimento de US$ 2 bilhões na operação. O banco ainda recebeu os respectivos direitos de preferência dos controladores da JBS.
Ontem, teve início o período de cinco dias do primeiro rateio das 696.863 debêntures remanescentes, que somam um volume financeiro total de R$ 1,212 bilhão. O valor unitário das debêntures é de R$ 1.739,80.
A entrada dos recursos via debêntures permitiu que a JBS adiasse a abertura de capital de sua subsidiária americana, que estava prevista para o começo deste ano. A oferta foi postergada por conta das condições pouco favoráveis do mercado.
Veículo: Valor Econômico