O Marfrig foi o primeiro frigorífico instalado em Mato Grosso a firmar o compromisso perante o Ministério Público Federal (MPF-MT) de só comprar animais para o abate de propriedades que respeitem a legislação ambiental, condições dignas de trabalho e as áreas indígenas, quilombolas e de proteção permanente. Dois frigoríficos que vêm negociando com o MPF-MT são o JBS e o Independência.
Segundo o MPF-MT, a partir da assinatura do Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta (TAC), o Frigorífico Marfrig se compromete a suspender, imediatamente, a compra de animais para o abate oriundos de propriedades rurais que estejam embargadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) ou Ibama; que figurem na "lista suja do trabalho escravo" divulgada pelo Ministério do Trabalho; cujos proprietários estejam sendo julgados por trabalho escravo ou que estejam em território indígena ou de áreas de conservação.
Os procuradores explicam que a partir de 13 de novembro deste ano, o Marfrig e os demais frigoríficos que assinarem o TAC passarão a exigir, também, que as propriedades que fornecem animais tenham aderido ao Programa Mato-Grossense de Regularização Ambiental Rural (MT Legal) e apresentem o documento Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Os procuradores Marcia Brandão Zollinger, Mário Lúcio de Avelar e Douglas Santos Araújo observam que chamaram "uma parte do setor produtivo da carne para dizer que não basta só punir, responsabilizar, cobrar".
Veículo: DCI