Argentina 'desperdiça' cota preferencial de carne da UE

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Pela segunda vez em 30 anos, a Argentina não conseguiu alcançar as 28 mil toneladas de exportações de carne bovina à União Europeia pela cota Hilton, o sistema que permite a entrada de cortes nobres com tarifas reduzidas. Embora não haja nenhum indicador oficial por enquanto, fontes do mercado dizem que os frigoríficos argentinos exportaram cerca de 17 mil toneladas pelo sistema, entre julho do ano passado e junho deste ano, quase 40% abaixo do máximo permitido. Ontem foi o último dia para exportar dentro da cota designada para o período 2009/10.

 

O problema é atribuído à nova forma de distribuição da cota Hilton entre os frigoríficos exportadores, que o governo argentino mudou no ano passado e gerou questionamentos dos produtores. Desde então, os envios foram liberados a conta-gotas pelo Escritório Nacional de Controle Comercial Agropecuário (Oncca). Só em abril, a três meses do fim do período, foi feita a distribuição final. Também pesou a política oficial de fechar temporariamente as exportações de carne, em vários momentos, a fim de aumentar a oferta no mercado doméstico.

 

A última vez que a Argentina enfrentou problemas para cumprir com as exportações de toda a cota Hilton foi em 2007/08. Naquela ocasião, em meio à crise gerada pela tentativa de aumentar as retenções (impostos) às exportações agrícolas, os produtores não conseguiram furar o bloqueio imposto por piqueteiros em estradas e portos. O desafio para o novo período que começa hoje é chegar às 28 mil toneladas permitidas em um contexto de diminuição acentuada da produção interna.
 


Veículo: Valor Econômico


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