O abate de bovinos no País totalizou 7,587 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2010, em relação ao trimestre imediatamente anterior (aumento de 7,2%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, houve aumento de 10%.
O número de cabeças abatidas retornou ao nível de 7,6 milhões de unidades, alcançado no período anterior à crise financeira internacional. Segundo a pesquisa, a variação de 10% em relação ao mesmo período de 2009 reflete, sobretudo, os desempenhos das Regiões Sul (26,1% de alta no número de bovinos abatidos no período) e Centro-Oeste (12,9%). O peso das carcaças somou 1,825 milhão de toneladas, 8% maior do que no trimestre imediatamente anterior, e de 12,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Para o gerente de Pecuária do IBGE, Octávio Costa, o aumento no número de bovinos abatidos no segundo trimestre de 2010 reflete o aumento da demanda doméstica e internacional pela carne bovina, além de uma base de comparação deprimida do ano passado.
De acordo com Costa, no ano passado o setor sofreu muito com as consequências da crise econômica de 2008 e a retração do mercado externo. Segundo ele, cerca de 15% da produção bovina são exportados. Segundo ele, mesmo com a recuperação gradual e importante que está ocorrendo no mercado internacional do produto, o consumo interno tem sido determinante para o aumento do abate.
"Caso o crescimento prossiga no ritmo do segundo trimestre, o abate em 2010 vai superar o do ano passado com folga", acredita Costa.
A elevação da demanda interna e externa também é a justificativa, segundo Costa, para o aumento registrado no abate de frangos e suínos no segundo trimestre. No caso dos frangos - cujo abate aumentou 2,4% ante o primeiro tri e 5,4% na comparação com o segundo tri de 2009 -, ele credita a expansão, sobretudo, às exportações, já que 33% da produção são destinados ao mercado externo. "Mas o mercado interno também mostra uma recuperação importante para esse produto", disse.
No caso dos suínos, Costa atribui o bom desempenho ao ganho de mercado que vem ocorrendo para esse produto, especialmente com as constantes campanhas dos produtores nos últimos anos, que favorecem o consumo interno e externo do produto. No segundo trimestre, o abate de suínos aumentou 3,3% ante o primeiro tri e 6,6% na comparação com igual período do ano passado.
Veículo: DCI