Câmbio causa despesa financeira e diminui resultado da Brasil Foods

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Apesar do desempenho operacional positivo, uma deterioração dos números do campo financeiro derrubou o lucro da Brasil Foods - empresa de alimentos resultante da fusão entre Sadia e Perdigão - no terceiro trimestre.

 

Entre julho e setembro, o lucro líquido da companhia somou R$ 190 milhões, o que representa uma queda de 10% na comparação com os ganhos de um ano antes (R$ 211 milhões). Os números do terceiro trimestre de 2009 já consideram as operações combinadas, dado que os resultados da Sadia passaram a ser incorporados aos da Perdigão em julho daquele ano.

 

O balanço do último trimestre foi comprometido por perdas líquidas de R$ 47 milhões no resultado financeiro, invertendo os ganhos de R$ 223 milhões observados nesta linha um ano antes, quando houve uma influência da receita financeira resultante do impacto da variação cambial sobre a dívida, além de resultados positivos com as aplicações de recursos obtidos na última oferta primária de ações do grupo.

 

A Brasil Foods também teve de deduzir R$ 107 milhões em impostos e contribuições sociais, superando com folga as despesas de apenas R$ 25 milhões do terceiro trimestre do ano passado - pouco significativas por conta do resultado negativo registrado pelo grupo naquela época.

 

No campo operacional, a companhia ampliou em 8% a receita líquida, para R$ 5,70 bilhões. O resultado operacional medido pelo lajida (sigla para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) mais que dobrou, passando de R$ 291 milhões, no terceiro trimestre de 2009, para R$ 614 milhões, em igual período deste ano. Em um ano, a margem lajida, relação entre o lajida e a receita líquida da companhia, subiu de 5,5% para 10,8%.

 

No balanço, a Brasil Foods atribui o melhor desempenho operacional ao maior volume de produtos processados negociados no mercado doméstico, à recuperação gradual em importantes mercados externos e à redução de custos de produção e despesas comerciais.

 

A receita bruta da companhia no mercado interno cresceu 8% no terceiro trimestre, para R$ 4,12 bilhões, enquanto o faturamento no mercado externo registrou avanço de 5%, chegando a R$ 2,42 bilhões.

 


Veículo: Valor Econômico


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