BRF deve atrair novos investidores com aval da Fitch

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Agência de classificação de risco dá nota BBB- à companhia;  expectativa é que estratégia de crescimento avance

 

Em compasso de espera por uma decisão do Cade (Conselho  Administrativo de Defesa Econômica), que deve definir se aprova ou não a fusão da Sadia com a Perdigão até o final do semestre, a BRF Brasil Foods teve duas notícias positivas nos últimos 15 dias. Depois de anunciar um lucro líquido de R$ 804 milhões em 2010, 125% superior ao registrado no ano anterior, agora a companhia acaba de receber grau de investimento pela Fitch Ratings.

 

A agência de classificação de risco atribuiu a nota BBB- para a Brasil Foods, com perspectiva estável. Isso significa que a  classificação deve ser mantida por um bom tempo, uma vez que a Fitch espera que “a empresa continuará a exercer a estratégia de diversificação e crescimento tanto organicamente como por meio de aquisições.”

 

Contudo, a agência manifesta uma expectativa que isso tudo restrinja a geração de fluxo de caixa no curto prazo e resulte em uma maior alavancagem.

 

A atribuição do grau de investimento aumenta as chances da companhia atrair novos investidores, seja por meio de compra de ações ou emissão de títulos de dívida no exterior (bonds).

 

Segundo Mariana Peringer, analista de investimentos do Banco do Brasil, não foi surpresa a BRF ter recebido o grau de investimento pela Fitch. “Já era esperado, principalmente depois da reestruturação da Sadia.

 

Hoje, a companhia se mostra pouco alavancada, com crescimento de margens e consolidada nomercado”, diz Mariana.

 

As incertezas emrelação ao futuro da fusão, contudo, não  impressionou negativamente a agência de classificação de risco. “O que eles levam em conta são os indicadores financeiros. O lucro líquido de 2010 foi bome o crescimento de margem surpreendeu o mercado”, afirma Mariana.

 

A estratégia de estocar grãos no primeiro semestre do ano passado,  excedendo os volumes normais, foi vantajoso já que o preço das commodities saltou no segundo semestre.

 

China

 

Asa e coxa de frango da BRF Brasil Foods farão parte do cardápio do almoço que o governo brasileiro oferecerá em Pequim a 800 autoridades e empresários chineses, durante a visita da presidente Dilma Rousseff ao país, entre 11 e 13 de abril.

 

A China, pelo tamanho da população e crescimento econômico do país, apresenta um potencial enorme para grandes indústrias de alimentos do mundo, como é o caso da BRF.

 

Embora 40% do faturamento da companhia hoje venha das exportações, apenas 11,3% de tudo que a BRF vende para fora a que menos compra da BRF, diferentemente do Oriente Médio que é o maior comprador.

 

Hoje, a BRF comercializa frango para a China e, até o ano passado, colocava nas gôndolas daquele país produtos com a marca Perdix.

 

Agora, a nova fronteira do crescimento da BRF é vender carne suína na China, maior produtor e consumidor do mundo. A expectativa é grande por parte da companhia e de todos os produtores brasileiros, que esperam na visita da presidente Dilma ao país, na segunda-feira, a abertura do mercado chinês à carne suína nacional. O Brasil tem  potencial para exportar até 200 mil toneladas da carne de porco à China em cinco anos, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

 

Veículo: Brasil Econômico


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