O volume de boi confinado deve crescer 29,9% neste ano em Mato Grosso e atingir 770.266 mil cabeças, ante 592.834 cabeças confinadas no ano passado.
Os dados são da primeira estimativa de intenção de confinamento elaborada pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
O Imea consultou 160 dos 200 produtores que realizam confinamento no estado.O volume a ser confinado corresponde a 46% da capacidade instalada.
Na opinião do superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, apesar do crescimento expressivo, o volume de gado confinado não será suficiente para atender à demanda dos frigoríficos.
Segundo ele, em setembro, quando ocorre a maior entrega do gado confinado, o número de cabeças que estarão prontas para abate atenderá a apenas 40% da capacidade dos frigoríficos.
"Não vamos ter condições de abastecer o mercado na entressafra com animais criados a pasto", diz ele. Vacari afirmou que os frigoríficos terão dificuldades no abastecimento dos 60% restantes com animais criados a pasto, porque a oferta será restrita, em função das perdas de 2,3 milhões de pastagens, registrada entre o segundo semestre do ano passado e o início deste ano, por causa da forte estiagem, do ataque de pragas e do excesso de chuva em janeiro.
Vacari lembra que outros 5 milhões de hectares de pastagens estão degradados, sem que o pecuarista tenha recursos para investir na recuperação.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ