Indústria investe no nicho de pescados

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Potencial de consumo no país atrai grupos diversificados para mercado.

 

De olho no potencial do consumo de pescados no país, em expansão, a indústria investe para aumentar sua capacidade e ampliar o portfólio de produtos. O baixo volume per capita e o aumento da renda estimulam, inclusive, a entrada de novas empresas no setor.

 

O caso da M.Cassab, grupo com 15 áreas de negócios - da indústria química à distribuição do brinquedo Lego no país -, que escolheu o setor de pescados para estrear na indústria alimentícia.

 

A empresa vai investir R$ 15 milhões na produção verticalizada de tilápia no interior de São Paulo. Tanques de criação estão sendo construídos no município de Rifaina com capacidade mensal de produção de 400 toneladas.

 

Todo o volume será processado em um frigorífico da M.Cassab, com capacidade para 20 toneladas de peixe por dia e início de operação previsto para 2012.

 

Na primeira fase, a M.Cassab venderá filés de tilápias frescos e congelados. Até 2015, a empresa pretende fabricar pratos prontos.

 

"Nos últimos dois anos, o consumo per capita de pescados subiu 25%. O crescimento do mercado interno foi a principal razão do nosso investimento na área", diz o diretor comercial da M.Cassab Foods, Silvio Coelho.

 

Apesar do crescimento recente, o brasileiro consome apenas nove quilos de peixe por ano, abaixo dos 12 quilos anuais recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

A Gomes da Costa investirá R$ 30 milhões para ampliar entre 25% e 30% a capacidade de produção de sua fábrica em Itajaí (SC).

 

E, para chamar a atenção do consumidor, instalou em uma rede de academias de São Paulo uma máquina de vendas - semelhante às de refrigerantes - de sua linha de saladas de atum, por R$ 4.

 

Diferencial - Para estimular o consumo e até desenvolver o paladar dos brasileiros, produtos de maior valor agregado ganham espaço. A Crusoe Foods, dona da marca Robinson Crusoe, vai importar do Chile dez contêineres de peixes como atum, polvo, lula e mexilhão. Os US$ 2 milhões em pescados começam a chegar em julho.

 

"A ideia é construir uma imagem diferenciada da marca com esses produtos", diz Sidnei Rosa, diretor-geral da Robinson Crusoe, ligada ao grupo espanhol Jealsea, que chegou ao país em 2010 e já investiu R$ 15 milhões.

 

A busca pela diversificação também levou a Camil Alimentos a entrar no setor, com a compra da Femepe Indústria e Comércio de Pescados, produtora das conservas Navegantes e Pescador, por um valor não divulgado. (FP)

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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