Maior competitividade na avicultura

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Atuam na região Nordeste 160 empresas avícolas, sendo os pequenos e médios produtores a maioria

Fortaleza. O Brasil é o maior exportador e o terceiro maior produtor de carne de frango no mundo. Responde por 40% da venda do produto no mercado externo, presente em 154 países. Em 2012, o setor movimentou US$ 7,7 bilhões. Para 2013, a projeção é de crescimento de 3% desse total.

De acordo com o diretor de avicultura da MSD Saúde Animal, Rudy Claure, os maiores compradores do produto brasileiro estão no Oriente Médio, Ásia e Europa. As exigências desses consumidores por uma carne de qualidade são crescentes, na mesma proporção da performance do mercado. Ele estima que, nos próximos cinco anos, o Nordeste brasileiro deverá estar mais atuante nas exportações.

Como forma de capacitar os avicultores para tornar o segmento regional mais competitivo, periodicamente a MSD promove eventos de qualificação e capacitação. Com este objetivo, recentemente, aconteceu em Garanhuns (PE), o IX Encontro EPE/Avipe de Avicultura, que reuniu cerca de 150 participantes, entre empresários do setor e médicos veterinários.

O sócio proprietário da Laudo Laboratórios, Márcio Botrel, foi palestrante, abordando o tema "Os Atuais Desafios Sanitários da Avicultura Nordestina".

Durante o evento foram discutidos os principais ajustes na ambiência no setor de postura e frango, para otimizar a performance das aves e melhorar a evolução genética do plantel.

Rudy Claure explicou que melhoramentos em ambiência são essenciais para aumento da produtividade e do bem-estar das aves. O Nordeste já oferece vantagens competitivas para a produção, no que se refere ao clima favorável, mão de obra e tecnologia avançada. O modelo brasileiro segue tendência de galpões escuros com sistema de iluminação programado, que garante mais conforto e menos estresse para as aves.

"A produção atual está muito preocupada em produzir com sustentabilidade, e o bem-estar animal é um foco muito importante, pois conseguimos com um bom manejo e um forte incremento em ambiência obter melhores desempenhos produtivos", afirma, observando, contudo, ser necessário assegurar uma boa oferta de água, ração, instalações, temperatura, umidades, ventilações, densidade, acompanhamentos nutricionais e sanitários. Tudo isto vai garantir o melhor conforto para as aves, atingindo as melhores performances.

No Nordeste, atuam 160 empresas avícolas, sendo os pequenos e médios produtores a maioria. Apenas 15 empresas são de maior porte. A região responde por 8% da produção de frangos de corte e 15% da produção de ovos no País. Na região, o Estado de Pernambuco lidera a produção de frangos e ovos.

"A seca é sempre um problema para o Nordeste. No entanto, o grande problema é a relação de custos com a logística de milho e soja. Nossa grande esperança é que Estados como Maranhão e Piauí continuem crescendo com a produção de grãos para diminuir os preços de milho e soja", afirma Claure. Alternativas nutricionais estão no sorgo e no milheto, segundo aponta.

Proteção

Sobre sanidade, diz que a principal preocupação é a bronquite, devido à detecção das cepas variantes na região.

"Existe a detecção de cepas variantes de bronquite na maioria dos Estados do Nordeste e isto demanda a utilização de ferramentas diferenciadas para conseguirmos promover uma proteção mais ajustada. Sendo assim, acreditamos que a doença de bronquite é uma preocupação regional.

Porém observa que medidas de prevenção são o melhor investimento. A MSD tem contribuído junto aos produtores com programas de vacinação e protocolos de biossegurança.

A divisão de saúde animal da MSD (mesma Merck nos Estados Unidos e Canadá), é líder em vacinas aviárias no mundo. Em 2012, registrou faturamento de US$ 3,2 bilhões.



Veículo: Diário do Nordeste


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