Alta também foi verificada em suínos, frangos e aumento na produção de leite.

O abate de bovinos em Minas Gerais, ao longo do segundo trimestre de 2013, em comparação com igual período do ano anterior, apresentou incremento de 29,6%. A alta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve, entre outros motivos, a demanda aquecida no mercado externo. Além da alta nos abates de bovinos, também foi verificado incremento nos abates de suínos, 11,4%, frangos, 9,3%, e aumento na produção de leite 9,5%.

A pesquisa Trimestral de Abate de Animais, feita pelo IBGE, mostrou que entre abril e junho foram abatidas 783,2 mil cabeças de bovinos, alta de 29,6%, frente às 604 mil cabeças abatidas em igual intervalo de 2012.

O peso das carcaças aumentou 28,8%, com o peso em 2013 atingindo 181,7 mil toneladas. Em igual período o peso ficava em 141 mil toneladas.

Com o aumento da oferta de carnes, os preços pagos recuaram no primeiro semestre. Segundo a pesquisa, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da carne bovina sofreu retração de 2,93%, enquanto o índice geral da inflação para o período foi de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, de julho de 2012 a junho de 2013, o índice da carne bovina aumentou 1,19%, enquanto o índice geral da inflação subiu 6,70%.


Suíno - Ao longo do segundo trimestre, foram abatidas em Minas Gerais 1,177 milhão de cabeças de suínos, o volume ficou 11,4% superior às 1,05 milhão de cabeças abatidas em igual intervalo de 2012. Na comparação com o primeiro trimestre a evolução foi de 3,6%. Entre abril e junho de 2013, o peso das carcaças recuou 1,5%, alcançando 104,6 mil toneladas, frente as 106 mil toneladas registradas em igual intervalo de 2012.

Ainda no segundo trimestre de 2013, ao contrário do cenário brasileiro, as exportações de carne suína foram alavancadas em Minas Gerais. De acordo com o IBGE, no período foi registrada alta de 12,1%, com 10,4 mil toneladas exportadas. No mesmo intervalo do ano anterior o volume exportado foi de 9,3 mil toneladas.

Segundo o Indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço médio do suíno vivo entre as cinco regiões pesquisadas (Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo) de abril a junho de 2013 foi de R$ 2,66, variando de R$ 2,44 a R$ 3,05. No mesmo período de 2012, o preço médio foi de R$ 2,07, representando aumento de 28,5% no comparativo entre os segundos trimestres 2013/2012.

O preço médio do suíno vivo caiu 18,4% no período de janeiro a março de 2013 (R$ 3,26). Esta queda pode ter sido influenciada pela maior oferta de carne suína no 2º trimestre de 2013, devido ao aumento na produção de carcaças (2,1%) e diminuição das exportações de carne suína in natura (-0,9%).


Frango - Alta também foi verificada no volume de abates de frango, que no segundo trimestre do ano cresceu 9,3%, totalizando 111,8 milhões de aves. O peso das carcaças aumentou 2,9%, alcançando 211,7 mil toneladas.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação da carne de frango no 2º trimestre de 2013 aumentou em volume e em faturamento na comparação com o 1º trimestre de 2013. Minas Gerais foi responsável pela exportação de 54,8 mil toneladas de carne de frango ente abril e junho de 2013, aumento de 0,9% sobre o volume de 54,3 mil toneladas embarcadas em igual trimestre de 2012.


Leite - A captação de leite em Minas Gerais foi ampliada durante o segundo trimestre do ano. Ao todo foram adquiridos 1,419 bilhão de litros de leite cru, aumento de 9,5% sobre o volume de 1,296 bilhão de litros registrados em igual intervalo do ano anterior.

O volume de leite industrializado chegou a 1,411 bilhão de litros, o que representou um incremento de 9,5% quando comparado com o volume processado anteriormente.

Minas Gerais adquiriu 26,6% de todo o leite nacional no 2º trimestre de 2013, aumentando ligeiramente a sua participação relativamente ao no mesmo período de 2012 que era de 24,8%.

Ovos - Em Minas Gerais a produção de ovos recuou ao longo do segundo trimestre de 2013. Segundo dados do IBGE, foi registrada queda de 4,2% na produção, que atingiu no período 70,6 milhões de dúzias. O número de galinhas também ficou menor, com 13,3 milhões de cabeças, recuo de 3,9%. Apesar da redução da produção, a oferta no Estado não foi comprometida, já que nos demais estados produtores do Sul e Sudeste foi registrada alta na produção e aumento do fornecimento do produto para Minas Gerais.



Veículo: Diário do Comércio - MG