A primeira semana de junho foi marcada, enfim, por uma reação nos preços do mercado de frango. "Ela não foi homogênea, atingindo apenas praças das regiões Sudeste e Centro-Oeste, mas já é uma boa notícia diante do momento de fragilidade do mercado", destaca o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias. Nas regiões Sul e Nordeste, contudo, os preços não tiveram força para reagir.
De acordo com relatório divulgado por Safras, no atacado e na distribuição o mercado apresentou mais recuos do que aumento nos preços. Para os produtos congelados, o quilo do peito na distribuição foi cotado a R$ 3,55, contra R$ 3,85 na semana passada. Já a asa recuou de R$ 5,10 para R$ 5,00. A coxa subiu de R$ 3,35 para R$ 3,40. No atacado, o quilo do peito recuou de R$ 3,75 para R$ 3,40 e o da asa, de R$ 4,80 para R$ 4,60. Já o quilo da coxa subiu de R$ 3,15 para R$ 3,25.
Nos cortes resfriados, Iglesias comenta que também houve mudanças frente à última semana. O preço do peito na distribuição foi cotado a R$ 4,00, ante R$ 4,05 da última semana. O quilo da asa caiu de R$ 5,20 para R$ 5,15 e o da coxa subiu de R$ 3,40 para R$ 3,50. No atacado, o preço do quilo do peito teve queda de R$ 3,90 para R$ 3,85 e o da asa, de R$ 5,00 para R$ 4,85. Já o quilo da coxa avançou de R$ 3,25 para R$ 3,40.
Na avaliação de Iglesias, o mercado segue comprometido pelo fraco desempenho das exportações e pelo aumento da produção, fatores que contribuem para a elevação da disponibilidade interna.
Exportação - Segundo levantamento de Safras & Mercado, a produção de carne de frango de janeiro a abril cresceu 2,54% em relação aos quatro primeiros meses do ano passado, passando de 4,135 milhões de toneladas para 4,240 milhões de toneladas. A exportação, no mesmo período de comparação, recuou 2,38%, de 1,259 milhão de toneladas para 1,229 milhão de toneladas.
Já a disponibilidade interna avançou 4,69%, de 2,876 milhões para 3,011 milhões de toneladas. "Esses dados são preocupantes porque inibem melhores resultados do setor", disse.
Nas exportações, balanço divulgado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontou embarques de 329,2 mil toneladas em maio, queda de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita, por sua vez, retrocedeu 17,9% na mesma comparação, alcançando US$ 584,1 milhões.
Veículo: Diário do Comércio - MG